“Estamos avançando em todas as frentes, com o objetivo de entregar o BRT completo e funcional até julho de 2026”, reforçou o secretário.
Marcelo explicou que o contrato atual com a empresa responsável pelas obras na região central de Cuiabá até a Ponte Júlio Müller vence em dezembro deste ano, mas deve ser prorrogado até fevereiro de 2026 para permitir a finalização dos serviços na região central, passando pela Prainha até a ponte.
Já o trecho da Avenida Fernando Corrêa deve ser licitado em até 45 dias. Outras licitações que devem ser publicadas nos próximos dias referem-se à construção das estações e também dos terminais.
Marcelo reconheceu que o cronograma é apertado, mas não acredita que haverá grandes atrasos. “As obras estão andando, o cronograma está apertado, mas estamos cumprindo. As adequações que têm que ser feitas serão realizadas. Se precisar de algum prazo, não vai ser longo”, afirmou o secretário.
As obras do BRT já deveriam ter sido concluídas; no entanto, o governo enfrentou problemas com a vencedora da licitação inicial, que, após um acordo, concluiu parte do trecho inicial, com gasto aproximado de R$ 147 milhões. Já a nova licitação para a região central totaliza R$ 156 milhões, somando, até o momento, R$ 283 milhões investidos no projeto.
Uma das preocupações é com a região da Prainha, por onde passa um córrego fechado no final da década de 1970 e que sofre com constantes alagamentos. O secretário explicou que a drenagem é de responsabilidade da concessionária Águas Cuiabá, que assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura de Cuiabá e o Ministério Público do Estado (MPE). Segundo Marcelo, a obra já foi iniciada na parte alta da cidade para melhorar a captação de água durante o período chuvoso.
Marcelo Oliveira destacou que, apesar dos avanços, as obras não estão sendo executadas no período noturno devido à falta de mão de obra especializada — problema que, segundo ele, não se restringe a Mato Grosso.
“À medida que a empresa avança, frequentemente recebo solicitações sobre a possibilidade de trabalhar no período noturno. A questão central é que precisa de mão de obra especializada, e a falta de profissionais é um problema em todo o Brasil”, explicou.
Para otimizar o cronograma, parte das equipes está sendo realocada para o período da noite, ampliando a jornada de trabalho sem comprometer o ritmo da execução.
O secretário também relatou que a logística de transporte de concreto é outro ponto sensível da obra.
“As concretagens frequentemente precisam ser interrompidas durante os horários de pico e retomadas fora desses horários para garantir o fluxo. Em alguns casos, o trajeto entre a concreteira e o local da obra pode levar até 40 minutos”, exemplificou.
Fonte: leiagora