Mauro critica deputados por priorizar emendas para festas e garante pagamento integral até o fim do ano

A declaração foi dada após parlamentares cobrarem o pagamento das emendas da saúde, especialmente as voltadas a hospitais e unidades filantrópicas. Mendes rebateu as críticas e disse que Mato Grosso é um dos estados que mais repassa recursos de emendas aos deputados.

“Eu vou olhar este assunto, mas precisamos registrar que o Estado de Mato Grosso tem algo que nenhum outro estado tem. Há estados em que o deputado tem três ou quatro milhões de reais em emendas, enquanto aqui em Mato Grosso estamos chegando a R$ 25 milhões, e estamos pagando todos os anos regularmente”, afirmou o governador.

De acordo com Mendes, a escolha sobre quais emendas seriam pagas primeiro partiu dos próprios parlamentares.

“Eles priorizaram o pagamento de emendas para festas, e nós temos um cronograma de pagamento ao longo do ano. A grande parte das emendas que eles priorizaram já foi liberada, e até o final do ano serão pagas as demais”, completou.

O governador também criticou a tentativa de criação das chamadas “emendas de bancada estadual”, que foram questionadas pelo Governo de Mato Grosso no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Além dos R$ 25 milhões, eles criaram mais R$ 60 milhões de emendas de bancada, tentando copiar o que existe no Congresso Nacional. Mas qual é a bancada estadual de Mato Grosso? Alguém sabe dizer? Nós questionamos no STF essa tentativa de replicar o que existe no Congresso de forma totalmente inadequada aqui em Mato Grosso. Lá existem as bancadas estaduais, e aí um percentual do orçamento federal vai para elas. Qual é a bancada estadual que existe aqui? Então, não há que se pensar em reproduzir esse mecanismo”, criticou.

Mendes destacou ainda que o estado vive um dos melhores momentos de sua história em termos de resultados e investimentos, e que as críticas fazem parte do processo político, mas não comprometem o planejamento da gestão.

“Há sete anos Mato Grosso vive um período de investimentos e resultados que nunca viveu em sua história. Críticas e observações são normais — algumas fundadas, sem problema; se tiver fundamento, a gente estuda e revê. Outras, sem o menor fundamento. Mas ninguém pode dizer que o governo não sabe planejar, porque, se olharmos para o que estamos vivendo, podemos revisar todas as áreas e não vamos encontrar nenhum período em que houve tantos investimentos e resultados concretos”, finalizou.