Motoristas da Uber em alerta: Novas Regras para Comfort e Black excluem modelos e aumentam as exigências
Uber atualiza drasticamente as regras para Comfort e Black em 2026. Saiba quais modelos de carros serão excluídos e como as novas exigências de avaliação e ano de fabricação afetam os motoristas em todo o Brasil.
Motoristas de aplicativo de todo o Brasil se preparam para uma onda de mudanças nas categorias Uber Comfort e Uber Black. A partir de janeiro de 2026, a plataforma de mobilidade vai implementar requisitos mais rigorosos que envolvem o ano de fabricação, os modelos aceitos e a performance dos condutores, gerando preocupação entre aqueles que investiram recentemente em veículos que serão excluídos.
Novas regras para Comfort e Black excluem modelos e aumentam as exigências
Segundo a Uber, as atualizações foram definidas após pesquisas com usuários e análises do mercado automotivo, buscando aprimorar a experiência dos passageiros em termos de conforto, aparência e confiabilidade. As novas diretrizes atingem em cheio as categorias de maior valor.
Para o Uber Black, a exigência mínima de avaliação para os motoristas será de 4,85 estrelas, além de um mínimo de 100 viagens realizadas em outras categorias.
Mais impactante é a lista de veículos que não serão mais aceitos, independentemente do ano de fabricação, a partir de 5 de janeiro de 2026. Entre os modelos banidos estão:
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Renault Kardian
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Chery Tiggo 3X e Chery Tiggo 3
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Peugeot E-2008
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Hyundai Kona Hybrid
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JAC J3 Turin e JAC iEV 40
Além disso, os carros deverão cumprir critérios específicos de cores (preto, chumbo, prata, cinza, azul-marinho, marrom ou branco) e terão o ano mínimo de fabricação atualizado, variando conforme a cidade.

Leia aqui: Seu carro será banido? Veja os carros que não serão aceitos na Uber em 2026
Uber Comfort: Exclusões Graduais
Na categoria Uber Comfort, o ano mínimo de fabricação varia conforme o modelo e a cidade. O anúncio causou descontentamento, principalmente pela exclusão total de modelos populares entre motoristas. O Renault Logan, por exemplo, deixará de ser aceito na categoria em meados de 2026, independentemente do seu ano.
A insatisfação dos motoristas parceiros é grande, pois muitos questionam o tempo de aviso e o impacto financeiro das mudanças, especialmente após terem adquirido veículos específicos para se enquadrar nas regras anteriores.

A busca por uma experiência premium para os passageiros esbarra na realidade financeira dos motoristas de aplicativo. Apesar dos ganhos brutos parecerem altos, o custo operacional consome boa parte da receita.
De acordo com um levantamento do GigU, a receita anual bruta dos motoristas que trabalham de 50 a 60 horas semanais nas categorias premium varia entre R$ 77 mil e R$ 103 mil. No entanto, após o cálculo dos custos operacionais — incluindo combustível, manutenção, seguro e impostos — o lucro líquido anual estimado fica entre R$ 28 mil e R$ 51 mil.
Para Luiz Gustavo Neves, co-fundador e CEO da fintech, a situação exige um olhar regulatório.
“A flexibilidade, embora atraente, muitas vezes vem acompanhada da ausência de benefícios formais, estabilidade e proteção previdenciária. Por isso, a expansão das plataformas digitais precisa ser acompanhada de políticas públicas e regulamentações que garantam equilíbrio entre inovação, geração de renda e proteção ao trabalhador.”
Especialistas em mobilidade urbana reconhecem que ajustes periódicos nas categorias premium são esperados, mas alertam que a transparência e um prazo de adaptação adequado são cruciais. O desafio do setor é manter a qualidade do serviço sem transformar a profissionalização em um fardo econômico insustentável para os motoristas que dependem da plataforma como principal fonte de renda.
Você é motorista de aplicativo? Qual sua opinião sobre a exclusão de modelos novos como o Citroën Basalt e Renault Kardian das categorias premium? Comente abaixo!
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
Fonte: garagem360