O casal ganhou visibilidade nas redes sociais com vídeos sobre prevenção e defesa pessoal. Recentemente, reproduziram a agressão sofrida por Juliana Garcia dos Santos Soares, vítima de 61 socos desferidos pelo ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, dentro de um elevador em Natal (RN), em julho.
Pelo segundo ano consecutivo, Mato Grosso registra os índices mais altos de feminicídio do Brasil, sendo um dos estados mais violentos para as mulheres. De acordo com o governador, somente este ano, mais de 14 mil medidas protetivas foram emitidas até o momento. “Parece inacreditável”, disse.
Ele disse que esses números mostram que o sistema está funcionando, mas mostram, acima de tudo, que são necessárias campanhas desde as escolas, aperfeiçoamento de leis e que é preciso falar mais sobre o problema.
“(…) O que a gente pede a vocês, muitas colegas de trabalho que trabalham conosco no governo, é que a melhor forma de resolver o problema é não fingir que ele existe. É enfrentr de frente, por mais que seja dolorido, por mais que seja desconfortável. Nós temos que falar sobre o problema e agir”, afirmou.
“É isso que nós estamos procurando: conscientizar as mulheres da importância de denunciar. A violência começa antes do primeiro soco. A agressão física é um passo. O assassinato, às vezes, é o último passo terrível e cruel de um processo que, muitas vezes, começou bem antes e foi tolerado”, continuou.
Além disso, o governador defendeu a necessidade de uma mudança cultural, por meio da educação, e disse que é preciso pregar mais respeito entre toda a sociedade.
“É preciso ensinar nossas meninas, nossos meninos, nossos filhos e nossas filhas, e criar uma cultura de respeito, não só às mulheres, mas ao cidadão, às pessoas e à vida”.
“Fazendo isso, a gente talvez não mude o mundo, mas você pode mudar o comportamento do seu filho, pode ajudar a mudar o comportamento do seu irmão, do seu pai, do seu marido, do amigo. E isso tem uma força. Se muitas pessoas fizerem isso, a gente muda uma sociedade”.
Fonte: Olhar Direto