No centro da disputa estão os deputados Thiago Silva (MDB), Wilson Santos (PSD), Júlio Campos (União) e Beto Dois a Um (PSB). Thiago defende que seja cumprido seu projeto de lei, apresentado há cinco anos, para nomear a unidade como “Hospital Central Pastor Sebastião Rodrigues de Souza”, em homenagem ao líder da Assembleia de Deus. Ele cobrou respeito ao regimento e disse que qualquer proposta nova deve ser apensada ao projeto original. “Não vou admitir que atropele todo processo feito aqui arquivando esse projeto. Se tem outros nomes importantes, que fiquem para as alas, mas o hospital já tem projeto aprovado pelas comissões”, afirmou.
Do outro lado, Wilson Santos e Júlio Campos defendem que o hospital mantenha nome neutro, mas apresentaram lista com 11 homenagens para as alas, incluindo figuras ligadas à cuiabania, como a enfermeira Amália Curvo de Campos, mãe de Júlio, e o médico Ivens Cuiabano Scaff. O pastor Sebastião também aparece na lista, como nome de um dos consultórios. Beto Dois a Um, por sua vez, apresentou projeto para que o hospital leve o nome de Scaff, importante médico cuiabano, fortalecendo a pressão da família tradicional que representa.
O primeiro-secretário da Casa, Dr. João (MDB), também defende que o hospital mantenha nome neutro, mas quer ampliar a lista de homenagens das alas, com inclusão de médicos e médicas indicados de forma mais ampla. “Se tem alguém que conhece médico sou eu. Trabalhei em todos os hospitais daqui. Temos que fazer algo democrático, abrir espaço para que mulheres indiquem médicas, e lembrar de nomes históricos como o Dr. Benedito Carnavaro e o Dr. Nadim, que salvaram muitas vidas”, disse.
Diante da polêmica, Max Russi admitiu que o tema divide a Assembleia. “O deputado Thiago Silva tem razão, é uma prerrogativa. Agora, é um projeto polêmico, que divide a Casa. Todos os nomes apresentados são excelentes e ficará muito ruim para a ALMT reprovar algum deles. Teremos que achar uma solução e prestigiar todas essas homenagens”, declarou.
Fonte: Olhar Direto
