O Exército da Rússia teria utilizado um aterro sanitário na cidade ucraniana de Kherson para queimar corpos durante o período de ocupação, acusaram os moradores nesta segunda-feira, 21.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, o local se tornou uma área proibida pelas forças invasoras porque seria o ponto de despejo de soldados abatidos. Além dos corpos, foram encontradas bandeiras, uniformes e capacetes.
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Segundo relatos dos moradores, era possível ver caminhões russos chegando ao aterro com frequência carregados de sacolas pretas que foram incendiadas, enchendo o ar com uma grande nuvem de fumaça e um forte cheiro de carne queimada.
A prática teve início durante o verão, quando as forças ucranianas intensificaram a contraofensiva para retomar a cidade. Apesar dos testemunhos, ainda não houve um posicionamento oficial de nenhuma parte envolvida e as autoridades ucranianas não puderam confirmar se estavam em investigação.
“Os russos dirigiram um caminhão cheio de lixo e cadáveres todos juntos e descarregados. Você acha que alguém iria enterrá-los? Eles os despejaram e depois jogaram o lixo sobre eles, e é isso”, disse um coletor de lixo de Kherson ao Guardian.
Ainda de acordo com ele, não era possível identificar se os corpos eram de soldados ou civis. Um outro relato afirma que o Exército russo montou um posto avançado na estrada que leva ao aterro e proibiu que cidadãos comuns entrassem na área.
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De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, 6.000 soldados foram mortos na Ucrânia desde o início da guerra, mas uma estimativa feita pelos Estados Unidos no final do verão apontou que mais de 80.000 russos foram mortos ou feridos desde o início do conflito, em 24 de fevereiro.
Para alguns analistas da guerra, a queima de cadáveres era a melhor maneira de se livrar deles, uma vez que as pontes sobre o rio Dnipro eram muito frágeis para aguentar o peso dos corpos.
Embora se recuse a confirmar qualquer informação, o serviço de inteligência da Ucrânia acredita que os corpos de milhares de soldados russos estão sendo descartados informalmente, uma vez que o Kremlin os registra como “desaparecidos em ação”, uma maneira de mascarar o número oficial de mortes.
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Em maio, um telefonema interceptado de um soldado russo captou o momento em que ele diz que seus companheiros foram enterrados em um enorme lixão nos arredores de Donetsk e que as montanhas de mortos chegavam a dois metros de altura.
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Fonte: Veja