A China registrou suas primeiras mortes por Covid-19 em quase seis meses nesta segunda-feira, 21, à medida que luta para conter o aumento de casos em várias cidades com a sua polêmica política de Covid zero.
A Comissão Nacional de Saúde do país relatou duas mortes de pacientes infectados com o coronavírus no domingo 20, após um homem de 87 anos vir a óbito no dia anterior em Pequim. Ainda de acordo com o órgão, foram registrados 26.824 casos da doença nas últimas 24 horas, o maior número diário desde abril e o sexto dia consecutivo acima de 20.000.
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Antes das mortes deste final de semana, o último falecimento em decorrência do vírus havia sido em 26 de maio, em Xangai, que se manteve em bloqueio absoluto por dois meses devido a um grande surto na época.
A China é a última grande economia mundial a manter severas restrições contra a Covid-19, que visam interromper o ciclo de transmissão por meio de fechamento de fronteiras, testagens em massa, quarentenas extensas e bloqueio rápidos de grandes blocos populacionais.
No início deste mês, o governo chegou a anunciar uma flexibilização limitada de sua política de Covid zero, desencorajando testes em massa desnecessários e grandes restrições em áreas consideradas de alto risco. Além disso, também foram eliminados os requisitos de quarentena para contatos próximos secundários e o tempo que novos visitantes internacionais devem passar em quarentena.
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Após o anúncio, várias cidades chinesas optaram por seguir o caminho da flexibilização, mas as rígidas medidas restritivas para conter os surtos continuam em vigor.
Nesta segunda-feira, autoridades da metrópole do sul de Guangzhou impuseram um bloqueio de cinco dias em Baiyun, o distrito mais populoso da cidade, com 3,7 milhões de habitantes e onde está um dos aeroportos internacionais mais movimentados do país.
Em Pequim, as escolas de vários distritos adotaram o modelo de aula online após o registro de mais de 1.500 infecções no último final de semana. Em Chaoyang, região mais atingida da capital, o governo fechou vários restaurantes, academias, salões de beleza e outras instalações para manter a população em suas casas.
O número crescente de casos mesmo com as severas restrições traz à tona os questionamentos sobre a real eficácia da política de covid zero. Para os cidadãos em confinamento, problemas causados pelo confinamento como acesso imediato a medicamentos e alimentos e perda de trabalho ou de renda são potencializados pelo excesso de restrições.
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Em Zhengzhou, a morte de uma menina de 4 meses em quarentena em um hotel gerou protestos em todo o país na semana passada, onde muitos questionaram que a criança deveria receber atendimento imediato ao invés de se manter em isolamento.
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Fonte: Veja