Passageiros que estavam em um ônibus que saiu de Campo Grande, com destino a Rondonópolis (MT), estão sendo monitorados pela Vigilância da Saúde do Estado, após mãe e filho que estavam no veículo testarem positivo para o Sarampo. A viagem aconteceu no dia 17 de setembro e o diagnóstico foi confirmado dois dias depois.
De acordo com as autoridades, os moradores de Campo Grande estão sendo acompanhados devido ao contato próximo com os pacientes infectados, uma vez que o coletivo é fechado e o contágio pode acontecer pelo ar.
“É importante o monitoramento dessas pessoas por 30 dias [..] essas pessoas foram orientadas com relação à importância da vacinação, que tem que estar em dia, de acordo com o calendário do SUS. Se apresentar os sinais e sintomas do sarampo usar máscara, procurar um lugar de saúde mais próximo e avisar que estava dentro de um ônibus onde teve um caso confirmado de sarampo”, disse a gerente de doenças agudas e exantemáticas da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Jakeline Miranda.
À reportagem, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que, até o momento, ninguém apresentou sintomas da doença. O estado não registrava casos de Sarampo desde 2020. Somente em 2025, foram 84 notificações, sendo 48 descartadas e 36 em investigação.
Cobertura vacinal
Segundo dados do Ministério da Saúde, Campo Grande tem meta de cobertura vacinal de, pelo menos, 95%. Porém, até o momento, o alcance está em 87,5%. Para os especialistas, a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a doença.
“É uma doença com alto risco de contágio. É uma das doenças mais transmissíveis que existem no mundo […] e é importante, sim, que a população busque a vacina de sarampo, que é a tríplice viral. Ela está disponível nos postos de saúde. A criança deve tomar no 12º mês de vida e uma dose de reforço no 15º mês de vida. [..] Para que a gente tenha uma interrupção da transmissão, a gente tem que atingir 95% de cobertura vacinal. Aqui no estado, em Campo Grande, a gente está abaixo desse indicador”, alertou o médico infectologista, Júlio Croda.
Sintomas e perigos da doença
Se infectada, a pessoa apresenta, inicialmente, quadros de crise respiratória, com tosse, síndrome catarral e febre. Os sintomas evoluem para manchas avermelhadas pelo corpo.
Quando a infecção acontece na faixa etária pediátrica, ou seja, em crianças, os casos podem se tornar ainda mais graves, podendo levar à morte. Atualmente, a Bolívia, país que faz fronteira com Mato Grosso do Sul, está enfrentando uma epidemia da doença com centenas de casos confirmados.
Fonte: primeirapagina