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Economia

Vendas do Dia das Crianças crescem 1,1% e atingem quase 10 bilhões em movimentação financeira

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As vendas para o Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, devem alcançar R$ 9,96 bilhões, um aumento de 1,1% em relação a 2024, quando o total foi de R$ 9,85 bilhões. Se confirmada, será a maior data para o comércio nesse período desde 2013.

O dado é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que destaca que apenas 2014 registrou valor superior, de R$ 10,5 bilhões, já ajustado pela inflação.

O Dia das Crianças é a terceira data mais relevante para o comércio brasileiro, atrás do Natal e do Dia das Mães.

O vestuário e calçados lideram as expectativas de vendas, com 27% do total, seguido por eletroeletrônicos e brinquedos. A previsão por segmento é:

  • Vestuário, calçados e acessórios: R$ 2,71 bilhões
  • Eletroeletrônicos e brinquedos: R$ 2,66 bilhões
  • Farmácias, perfumarias e cosméticos: R$ 2,15 bilhões
  • Móveis e eletrodomésticos: R$ 1,29 bilhão
  • Hiper e supermercados: R$ 690 milhões
  • Outros segmentos: R$ 45 milhões

Impacto dos juros altos

O economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, explica que o crescimento poderia ser maior se não fosse o cenário de juros altos e inflação. Segundo ele, o aumento da Selic eleva o custo do crédito e força escolhas de consumo, limitando compras consideradas não essenciais.

Atualmente, a Taxa Selic está em 15% ao ano, enquanto a inflação acumulada em 12 meses até agosto somou 5,13%, acima do teto da meta, de 4,5%.

Crédito caro e inadimplência

A taxa média de juros para o consumidor atingiu 57,65% ao ano em julho, o maior valor para o mês desde 2017. O endividamento familiar também é recorde: 30,4% das famílias possuem contas em atraso, segundo a Peic.

Inflação específica do Dia das Crianças

O levantamento da CNC mostra que produtos típicos do Dia das Crianças subiram em média 8,5% em relação a 2024, superando o IPCA. Destacam-se aumentos acima de 10% em chocolates (24,7%), doces (13,9%), lanches (10,9%) e entretenimento (10,3%).

Itens principais de vendas, como brinquedos (4,1%) e roupas infantis (3,3%), terão alta inferior ao índice geral, apontam as projeções da CNC.

Fonte: cenariomt

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