O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), oficializou nesta sexta-feira (26) o pedido de demissão do cargo, anunciado na semana passada após decisão do seu partido de se desligar do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A saída, no entanto, só será efetivada no dia 2 de outubro, a pedido do presidente Lula, para que Sabino o acompanhe na entrega de obras em Belém voltadas para a COP30.
“Hoje entreguei minha carta de demissão ao presidente, em virtude da decisão do meu partido. Mas recebi o pedido para permanecer até a próxima semana e, assim como o presidente confiou em mim e me deu essa grande responsabilidade, não poderia negar esse gesto”, afirmou o ministro.
Sabino destacou que gostaria de permanecer na pasta até a COP30, mas frisou que respeitará a decisão do União Brasil. Filiado ao partido e eleito deputado federal pelo Pará, ele deve retomar o mandato na Câmara após quase dois anos à frente do Turismo.
Desembarque do União Brasil
O pedido de demissão ocorre em meio ao desembarque acelerado do União Brasil do governo. No último dia 18, a sigla aprovou uma resolução determinando que todos os filiados deixassem os cargos ocupados na gestão federal em até 24 horas. O texto prevê punições internas — inclusive expulsão — para quem não cumprir a medida.
A decisão veio após reportagens apontarem uma suposta ligação do presidente nacional do partido, Antonio de Rueda, com o Primeiro Comando da Capital (PCC), o que ele nega. Em nota, o União Brasil acusou o governo federal de usar a estrutura estatal para desgastar politicamente sua liderança.
Apesar da resolução, a medida não atinge os ministros Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Juscelino Filho (Comunicações), que, embora ocupem pastas ligadas ao União Brasil, não são filiados à sigla e integram a cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Fonte: primeirapagina
