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Morre na Argentina líder do movimento ‘Mães da Praça de Maio’

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Conhecida por comandar o emblemático movimento da Praça de Maio, Hebe de Bonafini na Argentina neste domingo, 20, aos 93 anos. A ativista, que teve dois filhos e uma nora desaparecidos nos anos 1970, durante o período da ditadura militar naquele país, estava internada desde o último dia 12 em um hospital em La Plata, na província de Buenos Aires. A causa do óbito ainda não foi divulgada.

Uma das primeiras autoridades a comentar o falecimento de Bonafini nas , a vice-presidente Cristina Kirchner ressaltou a importância de seu trabalho à frente do movimento de direitos humanos. “Queridíssima Hebe, Mãe da Praça de Maio, símbolo mundial da luta pelos Direitos Humanos, orgulho da Argentina. Deus te chamou no dia da Soberania Nacional… não deve ser coincidência. Simplesmente obrigado e até sempre”, declarou Kirchner na sua conta no Twitter.

A vice-presidente Cristina Kirchner foi uma das primeiras a prestar homenagens à ativista
A Vice-Presidente Cristina Kirchner Foi Uma Das Primeiras A Prestar Homenagens À Ativista Twitter/Veja

Antes de seu quadro se agravar, Bonafini havia sido internada por três dias no mês passado para exames, mas teve alta. Em um comunicado, o governo da Argentina decretou três dias de luto oficial e disse que “presta homenagem a Hebe, à sua memória e à sua luta, que estará sempre presente como nos momentos difíceis”. O presidente argentino Alberto Fernández também lamentou a morte, dizendo que o país se despede com profunda dor e respeito a Hebe de Bonafini, “incansável lutadora pelos direitos humanos”.

O movimento das mães que protestavam por seus filhos desaparecidos, liderado por Hebe Bonafini, teve início em 30 de abril de 1977, em plena ditadura militar na Argentina, quando catorze mulheres se reuniram na Praça de Maio, em frente à sede do governo em Buenos Aires. A partir dali e por mais de 40 anos, seguiram-se inúmeros protestos e uma luta incansável pela verdade, memória, justiça e pela vida.

Em 8 de fevereiro de 1977, o filho de Bonafini Jorge Omar foi sequestrado em La Plata. Em 6 de dezembro do mesmo ano, o fato se repetiu com outro filho da ativista, Raúl Alfredo, em Berazategui. Um ano depois, em 25 de maio de 1978, a ditadura militar também sequestrou a sua nora María Elena Bugnone Cepeda, esposa de Jorge.

Em um comunicado nas redes sociais, a Secretaria de Direitos Humanos também homenageou a militante: “Hebe compartilhou junto com as Mães um destino que as uniu na luta contra a impunidade dos crimes do terrorismo de Estado, resistindo frente ao silêncio e ao esquecimento.”. Ao longo das últimas décadas, Bonafini estabeleceu um perfil polêmico ao se tornar uma militante aguerrida do kirchnerismo. Em 2017, chegou a ser processada por suposto desvio de recursos públicos.

Fonte: Veja

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