CENÁRIO POLÍTICO

Deputada critica condenação da direita por opiniões, não por crimes

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A deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) afirmou que a direita tem sido condenada por opinião política e não por crimes praticados. A declaração foi dada durante entrevista ao , videocast do .
A parlamentar questionou a condução dos julgamentos relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023 no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao citar o caso de Débora Rodrigues dos Santos, condenada a 14 anos de prisão após pichar a estátua da Justiça em frente ao STF, Fernanda argumentou que as penas aplicadas não foram proporcionais.
“Eles condenaram a Débora a 14 anos de prisão. O que essa mulher fez? Ela riscou uma estátua com um batom que foi lavado. Poderia ser condenada pelo dano, mas não a essa pena. A direita hoje está sendo condenada por opinião, não por crime”, disse.
Débora, conhecida por escrever a frase “perdeu, mané” na estátua, foi enquadrada não apenas por dano ao patrimônio, mas também por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e outros crimes. Além da pena de 14 anos de reclusão, também recebeu multa.
Coronel Fernanda criticou o que chamou de ausência de ampla defesa nos processos. “Os advogados não tiveram tempo suficiente para se defender porque não tiveram acesso aos autos. Tem peças que eles não têm até hoje”, afirmou.
A deputada elogiou o voto do ministro Luiz Fux, que divergiu dos demais membros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ao votar pela absolvição de Jair Bolsonaro, no julgamento realizado em 2025, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Para ela, a manifestação abriu espaço para questionamentos em relação às condenações já proferidas.
“Foi um voto técnico, não baseado em prints de WhatsApp ou lives. Foi individualizado, cada um com a sua ação. Isso abre uma porta para rever outros casos”, avaliou.
Ao longo da entrevista, Fernanda também citou ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça como exemplos de julgadores que, segundo ela, têm atuado de forma mais “impessoal”. A deputada ainda associou os protestos do 8 de janeiro a uma reação popular contra o sistema político.

 

Fonte: Olhar Direto

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