NO SENADO

Eduardo é oficializado como líder da Minoria na Câmara em meio a polêmica: Entenda a situação e suas repercussões

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O Partido Liberal (PL) oficializou nesta terça-feira (16) o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como novo líder da Minoria na Câmara dos Deputados. A mudança ocorre após a deputada Caroline de Toni (PL-SC) renunciar ao cargo para abrir espaço ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ela seguirá como primeira vice-líder, garantindo a representação da bancada nas votações em plenário quando Eduardo não estiver presente.

A manobra tem como principal efeito blindar Eduardo Bolsonaro de um possível processo de cassação por faltas. O parlamentar está fora do país desde março, vivendo nos Estados Unidos, e não registra presença em sessões há mais de dois meses. Pela regra atual, poderia perder o mandato automaticamente no próximo ano.

Eduardo é apontado como articulador das sanções impostas pelo governo Donald Trump contra o Brasil, em vigor desde agosto. A medida buscaria pressionar instituições brasileiras após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que aplicou pena superior a 27 anos de prisão por tentativa de golpe e outros crimes.

Segundo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), a escolha de Eduardo segue uma resolução de 2015 que isenta líderes partidários de registrar presença em plenário. O dispositivo foi assinado pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ). Cavalcante destacou que a decisão já foi comunicada ao atual presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A deputada Caroline de Toni admitiu que a medida busca proteger o correligionário: “Estamos protegendo sim o Eduardo Bolsonaro naquilo que estiver a nosso alcance, porque ele está exercendo o mandato, ainda que à distância”.

Reações do governo

No campo governista, a iniciativa foi classificada como “um absurdo”. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que o partido irá reagir no Plenário, na Mesa Diretora e no Judiciário. Na semana passada, ele já havia protocolado representação no STF pedindo a prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro, além da suspensão de salários e verbas recebidas enquanto o deputado permanece fora do país.

Fonte: cenariomt

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