Alguns filmes carregam em seus roteiros o poder de impactar o cotidiano daqueles que têm a oportunidade de assisti-los. De modo geral, histórias de superação acabam transformando os nossos pensamentos, no entanto, as tristes parecem ter ainda mais influência na reação do público.
Tendo isso como base, o renomado cineasta argentino não negou a adaptação de uma história real para fazer um filme emocionante e envolvente. Esse é o caso de , que se inspira na vida de Heather McManamy, mais especificamente após a descoberta de um câncer de mama.
No longa, acompanhamos dias difíceis de uma família local, que ao descobrirem que María () possui um carcinoma extremamente agressivo – e sem possibilidade de ser combatido pela quimioterapia -, precisam aprender a lidar com uma dolorosa despedida. Com essa noção de tão pouco tempo, ela passa a escrever conselhos e reflexões sobre a vida em um caderno para que seu filho Tomy (Julian Sorin), de 4 anos de idade, possa ler quando crescer.
Na busca por não ser esquecida

Netflix
Com uma sutileza fora do comum, Carlos Sorín consegue retratar não apenas a dor emocional de María, mas também as suas mudanças físicas – que graças a equipe de maquiagem consegue passar a verdadeira fisionomia de uma mulher definhando aos poucos. Mesmo que María faça muito para não ser esquecida, a obra mostra que isso definitivamente não é tudo em um momento de tanto sofrimento.
Embora o título pareça mostrar apenas o seu lado maternal, há outros aspectos abordados capazes de introduzir aos telespectadores uma reflexão ainda mais profunda. Além da protagonista, consegue interpretar com excelência a experiência de viver um homem que vê a sua esposa se despedindo da vida – e carregando a responsabilidade de criar o filho deles sozinho.
De modo geral, María não deixa que a doença tire de si a sua personalidade, se mostrando sempre como uma mulher de bem com a vida, mesmo com a alta demanda de atrocidades acontecendo ao seu redor.
está disponível na Netflix.
Fonte: adorocinema