IZA está começando uma nova era em sua carreira, bebendo do reggae, o que não é exatamente algo inédito em sua discografia. Depois de apresentar referências estéticas e sonoras de seu próximo projeto musical no show realizado no The Town, a cantora marcou o lançamento de um single duplo, “Caos e Sal / Tão Bonito”, para a próxima quinta (18/9).

(Foto: Divulgação / MAR+VIN)
Com este trabalho, IZA se volta à Kelmet, a “terra negra”, como era chamado o antigo Egito. Ela quer tratar de negritude, pertencimento, ancestralidade, profecia e orgulho de ser quem se é. “Pessoalmente, estava querendo me enxergar como parte da realeza e tentei começar a buscar traços disso na nossa história. A gente teve um apagamento muito grande da nossa história. Com relação ao Egito antigo, lúdico, muitas pessoas preferem acreditar que foram alienígenas que fizeram as pirâmides a acreditar que foram pessoas pretas. Na real, é isso”, a cantora diz ao POPline.
“Elas [as egípcias] usavam ‘laces’, maquiagem. Elas eram higiênicas, tecnológicas e arquitetônicas. Totalmente evoluídas e futurísticas. É como se fosse, pra mim, uma Wakanda de verdade. A sociedade preta a frente do tempo. E eu gostaria muito de pensar que vim de lá, ou que minha história passa por lá”, completa.
Ver essa foto no Instagram
No show, IZA contou com participações de Olodum, Toni Garrido e Célia Sampaio, tida como a primeira mulher a gravar um álbum de reggae no Brasil. São todos referências para o novo trabalho de IZA. “Eu acho que o reggae tem tudo a ver com saber da onde vem, pra onde a gente vai”, pontua.
“Não podia falar das minhas referências sem falar do Olodum. O Olodum, nos anos 1980, já estava fazendo samba-reggae, falando de Tutancâmon e de Faraó, de coisas que a gente não estava conectando naquele momento com a cultura negra, com a ancestralidade negra. Pra mim, o Olodum é uma aula”, diz a artista.

(Foto: Lucas Ramos / Brazil News)

(Foto: Lucas Ramos / Brazil News)
Fonte: portalpopline