A três dias do anúncio do filme que representará o Brasil para concorrer uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2026, a Academia Brasileira de Cinema realizou uma conversa online com os seis diretores dos filmes que fazem parte da atual short list. (), (), (), (), () e () bateram um papo com , presidente da Academia, para falar um pouco sobre cada produção e defender porque eles deveriam ser os escolhidos pela comissão de seleção.
O bate papo vem na esteira de uma polêmica que rodeia a mídia especializada e encheu as redes sociais de protestos nos últimos dias, quando foi divulgada uma carta aberta assinada por mais de 70 grandes empresas e representantes que se uniram de última hora para apoiar a candidatura de Manas e seu enredo de combate a violência sexual contra crianças e adolescentes. Manas também ganhou a produção executiva de , que tem feito sessões de exibição do filme em sua casa em Los Angeles para membros da Academia e da indústria, de acordo com Marianna.
Vale lembrar que, , além do prêmio da crítica internacional e dos exibidores independentes da França, O Agente Secreto está sendo considerado a melhor escolha do país para ir para o Oscar do ano que vem. Além do festival francês, , Nova York, além da primeira pré-estreia no Brasil no Recife nesta semana.
Em meio a perguntas sobre como surgiram as ideias de cada filme e qual a importância do primeiro plano de cada um deles, ao final do bate papo, cada diretor teve a oportunidade de defender a escolha de sua produção pela Academia. Marianna Brennand acredita na força da história universal de Manas. “Uma história sobre quebrar o silêncio e encorajar mulheres. A gente tem a oportunidade histórica de ter um filme dirigido por mulher, feito com mulheres e sobre mulheres que eu acredito que vem organicamente na sua trajetória tendo reconhecimento”.
Já Kleber Mendonça disse que o filme estrelado por está sendo muito bem recebido pelo público e crítica, inclusive com a revista Variety apostando a indicação no Oscar em quatro categorias. “É importante chamar a atenção de quem tem a difícil tarefa de escolher o representante de que, não necessariamente, funciona a narrativa de que um filme é tão bom e tão bem visto que ele já teria a chance em outras categorias até maiores. É importante que um filme seja indicado pelo seu país. É de profunda importância do ponto de vista estratégico da indústria audiovisual do país”.
Marcelo Caetano agradeceu a inclusão na short list, mas disse que tem consciência da dificuldade de lançar um filme nos Estados Unidos e torce pelo colega que for escolhido. Gabriel Mascaro preferiu não pedir voto e acredita que a Academia deve ter a consciencia de entender que o voto não é necessariamente para o melhor filme, e sim como que o Brasil quer se posicionar como indústria frente a cadeia produtiva americana. Já Luciano Vidigal quer que o Brasil seja reconhecido internacionalmente também pelo cinema. “Kasa Branca é um cinema do povo para o povo que tem que mostrar o Brasil por esse olhar humano e de quem vive. Seria um sonho lindo estar lá como o primeiro diretor preto indicado fazendo história”, completa. Por fim, Erico Rassi espera que a Academia escolha o filme que tenha mais potencial pra representar o país e conseguir um bicampeonato e empatar com a Argentina.
Fonte: adorocinema