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ANTT revela planos para expansão ferroviária visando competitividade no agronegócio

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A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi representada, nesta quarta-feira (10/09), pelo superintendente de Transporte Ferroviário, Alessandro Baumgartner, no primeiro Fórum Geopolítica e Logística, promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) em parceria com a Associação Mato-Grossense de Produtores de Algodão (Ampa) e a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil). O evento reuniu autoridades públicas e representantes do setor produtivo para discutir soluções que assegurem a competitividade e a eficiência do escoamento da produção agropecuária brasileira.

Em sua apresentação, Baumgartner destacou o pipeline de projetos ferroviários em andamento sob a gestão da ANTT, que inclui leilões programados para os próximos anos, como a EF-118 (Vitória–Rio de Janeiro), a Malha Oeste e a Ferrogrão, além da prorrogação antecipada da FCA. “Temos uma série de empreendimentos que irão ampliar a malha ferroviária nacional e oferecer novas alternativas logísticas para o país”, afirmou.

O superintendente também chamou atenção para obras ferroviárias em execução, como a Transnordestina, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FICO e FIOL) e projetos autorizados em âmbito estadual. “Temos diversas obras em andamento quando falamos do setor ferroviário no Brasil”, ressaltou.

Outro ponto relevante abordado foi a Resolução nº 6.058/2024, que regulamenta o chamamento público de trechos ferroviários não implantados, ociosos ou em devolução. A iniciativa tem origem na Lei das Ferrovias (Lei nº 14.273/2021) e busca dar mais celeridade à expansão da malha por meio de autorizações para a iniciativa privada. “Identificamos a necessidade de regulamentar a possibilidade de transmitir para a iniciativa privada, em regime de autorização, trechos ociosos. Isso dá agilidade à construção da malha ferroviária, pois podemos tratar trechos específicos”, explicou Baumgartner.

Segundo ele, exemplos já mapeados incluem trechos do Corredor Minas-Rio, como Varginha (MG) – Lavras (MG), Barra Mansa (RJ) – Angra dos Reis (RJ) e Arcos (MG) – Barra Mansa (RJ). “Podemos ter projetos estruturantes de logística por meio das autorizações, não apenas trechos privados ligando uma fábrica a uma ferrovia preexistente”, concluiu.

O Fórum também contou com a participação de representantes da ANTAQ, do Ministério dos Transportes, do Observatório IBI e da Marinha, além de produtores e associações, em debates que ressaltaram a importância da interligação e da multimodalidade para o escoamento da produção agrícola nacional.

Fonte: cenariomt

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