Com sede nos municípios de Ipiranga do Norte e Sorriso, o grupo é composto por quatro pessoas físicas, João Romeu Dilly, Emílio Shafer Dilly, Lucas Augusto Dilly e Matheus Dilly, e quatro empresas: Usina de Álcool Três Irmãos (Agroflex), Dilly Transportes, Santa Bárbara do Sul Administração e Elma Administração. A decisão judicial determinou o trâmite sob consolidação processual e substancial, com apresentação de um único plano de recuperação para todas as entidades envolvidas.
A crise financeira é atribuída a falhas técnicas nos equipamentos da Agroflex após sua inauguração em 2023, o que exigiu novos investimentos e financiamentos de curto prazo. Além disso, o grupo alegou impactos da seca e do excesso de chuvas, aumento do custo do diesel, elevação da taxa Selic, efeitos da pandemia de Covid-19 e da guerra entre Rússia e Ucrânia, que encareceram insumos como fertilizantes e combustíveis.
A administradora judicial nomeada é a Scalzilli Administração Judicial, com sede em Porto Alegre (RS), sob responsabilidade do advogado João Pedro de Souza Scalzilli.
Após reavaliação técnica, o juízo reconheceu a essencialidade de 16 bens móveis da Dilly Transportes, entre caminhões, semirreboques e reboques dolly, que devem permanecer com os devedores durante o stay period de 180 dias. Os bens foram considerados indispensáveis à continuidade da logística de escoamento de grãos produzidos pelo grupo. A administradora judicial deverá avaliar, em até 15 dias, os demais bens indicados no pedido.
O Grupo Dilly deve apresentar seu plano de recuperação em até 60 dias. Credores e terceiros interessados terão 15 dias, a partir da publicação do edital, para apresentar habilitações ou divergências diretamente à administradora judicial. Após o plano, será aberto novo prazo de 30 dias para objeções formais.
Fonte: Olhar Direto