A inflação oficial apresentou deflação em agosto, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrando -0,11%, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (10). Este é o menor resultado desde setembro de 2022 e a primeira deflação desde agosto de 2024.
Em julho, o índice havia sido de 0,26%, mostrando que a redução de preços foi significativa. No acumulado de 12 meses, o IPCA alcançou 5,13%, abaixo dos 5,23% registrados em julho, mas ainda acima da meta de 4,5% estabelecida pelo governo.
O principal fator da queda foi a redução na conta de luz, que recuou 4,21%, representando um impacto negativo de 0,17 ponto percentual. O desconto, conhecido como Bônus de Itaipu, beneficiou mais de 80 milhões de consumidores, compensando a bandeira tarifária vermelha 2, que adiciona R$ 7,87 a cada 100 Kwh consumidos. Isso fez com que o grupo habitação apresentasse queda de 0,90%.
Além da energia, os grupos alimentação e bebidas (-0,46%) e transportes (-0,27%) também contribuíram para a deflação do mês.
Inflação oficial
O IPCA mede o custo de vida de famílias com renda de um a 40 salários mínimos, atualmente de R$ 1.518. A coleta de preços abrange dez regiões metropolitanas e diversas capitais do país, incluindo Brasília, Goiânia e Campo Grande.
O índice é a principal referência para a política de metas de inflação, com meta de 3% e intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, de 1,5% a 4,5%. Desde 2025, a meta é avaliada com base nos últimos 12 meses consecutivos e só é considerada descumprida se ultrapassada por seis meses seguidos.
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Fonte: cenariomt