O Pronto-Socorro de Várzea Grande está de portas fechadas e não receberá novos pacientes até que o problema elétrico da unidade seja solucionado. A falha obrigou a remoção de 22 pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na madrugada desta quinta-feira (04). A informação foi confirmada pela secretária de Saúde, Deise Bocalon, que explicou que a pane ocorreu devido a falhas no transformador e no gerador do hospital.
Segundo a secretária, os equipamentos são antigos e precisarão ser substituídos de forma emergencial.
“O Pronto-Socorro está de portas fechadas”, enfatizou Deise Bocalon, destacando que a transferência envolveu apenas os pacientes internados na UTI.
Ela ainda ressaltou que as demais alas da unidade não foram afetadas, mantendo o atendimento normal para os pacientes já internados.
“São três fases dentro do hospital. As duas da frente, que correspondem às enfermarias e aos boxes, não foram afetadas. O problema atingiu apenas a parte de trás, onde estão a UTI e o centro cirúrgico”, explicou.
A prefeita Flávia Moretti (PL) afirmou que a gestão já havia identificado falhas estruturais na unidade, e que os reparos estavam no cronograma, mas agora precisarão ser realizados de forma emergencial.
“Detectamos desde o início do nosso mandato que essa infraestrutura precisava ser substituída. Já iniciamos a reforma elétrica, mas a prioridade inicial foi o telhado. Agora estamos avançando para a troca do transformador e do gerador”, afirmou a prefeita.
Ao todo, 22 pacientes foram removidos para outras unidades hospitalares: 19 adultos e três crianças. Eles foram encaminhados para o Hospital Metropolitano, Hospital Municipal de Cuiabá, Santa Casa, Júlio Müller e Pronto-Socorro de Cuiabá, garantindo a continuidade do tratamento intensivo.
O incidente também afetou o centro cirúrgico, resultando no cancelamento de cinco procedimentos programados. A previsão é que, com a substituição do transformador e os ajustes na rede elétrica, o atendimento seja normalizado em até 24 horas.
Flávia Moretti reforçou que a situação evidencia décadas de descaso com a infraestrutura hospitalar em Várzea Grande, mas garantiu que a atual gestão está comprometida com a modernização da saúde pública, sem recorrer à terceirização dos serviços.
Fonte: primeirapagina