Empresários brasileiros liderados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) viajaram aos Estados Unidos para negociar alternativas frente ao tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump. A missão reúne dirigentes das federações de Minas Gerais (FIEMG), Paraná (FIEP), Paraíba (FIEPB), Rio de Janeiro (FIRJAN), Rio Grande do Norte (FIERN), Santa Catarina (FIESC), Goiás (FIEG) e São Paulo (FIESP).
Segundo Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, o esforço conjunto busca pressionar ambos os governos para que encontrem uma solução para a crise comercial.
A missão internacional contou com aproximadamente 80 empresários brasileiros e 50 norte-americanos, com encontros realizados em Washington. Roscoe destacou que o objetivo é fortalecer a cooperação entre empresários e mobilizar forças políticas para superar o impasse.
O presidente da FIEG, André Rocha, ressaltou que a meta da ação é reduzir as tarifas ou ampliar a lista de produtos isentos. Ele acrescentou que as negociações incluem a Câmara de Comércio Americana (US Chamber) para buscar alternativas viáveis.
Critérios técnicos e política
Ricardo Alban, presidente da CNI, afirmou que a missão busca critérios técnicos na negociação e combate a equívocos políticos entre Brasil e Estados Unidos, garantindo que os argumentos econômicos tenham prioridade nas discussões.
Contexto das tarifas
O tarifaço faz parte de medidas norte-americanas que investigam influências políticas de autoridades brasileiras. O governo dos EUA aplicou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e classificou o país como uma ameaça incomum à segurança nacional, situação similar à de Cuba, Venezuela e Irã.
Ações do governo brasileiro
Em resposta, o governo federal anunciou o Plano Brasil Soberano, com R$ 30 bilhões em linhas de crédito do Fundo Garantidor de Exportações para empresas afetadas. O plano visa proteger trabalhadores, fortalecer o setor produtivo e ampliar financiamento às exportações, com prioridade para empresas mais impactadas pelas tarifas.
Além disso, estão previstos aportes de R$ 4,5 bilhões em fundos garantidores e R$ 5 bilhões via Novo Reintegra para apoiar o setor produtivo e assegurar empregos.
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Fonte: cenariomt