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Tecnologia

Spider-Man: Miles Morales é bom, mas performance no PC nem tanto

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Quando o PlayStation 5 foi anunciado em 2020, ’s Spider-Man: Miles Morales foi revelado como um dos jogos de lançamento para o console. O game foi criado usando o seu antecessor como base e colocou os jogadores na pele do aprendiz de Peter Parker, que precisou descobrir como se tornar o amigão da vizinhança na ausência de seu professor.

Seguindo a tática de mercado atual da Sony, a nova aventura do cabeça de teia, que fez sucesso no PS4 e PS5, está chegando aos PCs quase dois anos depois do seu lançamento original. Mas será que fizeram um bom trabalho com essa adaptação para uma nova plataforma?

Uma nova aventura do Aranha

O jogo começa apenas alguns meses após os acontecimentos do Marvel’s Spider-Man original. Peter Parker e Miles Morales estão escoltando o transporte de Rhino para a de segurança máxima quando um acidente faz com que ele escapasse. Miles e Peter começam a perseguir o vilão pela cidade, causando destruição e caos por todos os lados com belas partes cinemáticas que hoje já são características de jogos dos estúdios da PlayStation. 

Não demora para que Miles, ao ver Peter ser derrotado pelo vilão com chifres, liberasse o seu potencial e despertasse um novo poder. Diferente de Peter Parker, Miles consegue atacar utilizando a eletricidade, que resulta em uma vitória rápida contra Rhino. Peter percebe que precisa tirar umas férias, então decide viajar com Mary Jane por um mês enquanto Miles se encarrega de todas as relacionadas ao manto do aranha.

A história do jogo começa forte, introduzindo novos personagens carismáticos que servem de apoio para Miles e novos vilões que testam as capacidades do garoto. Eu acho bem legal como Miles ainda é bem novo no ramo de super herói, e isto é refletido na forma que ele luta ou viaja pela cidade.

O balancear de teia dele é mais “desengonçado” e seu combate é “amador”, totalmente diferente da movimentação de Peter Parker que já tem 8 anos de experiência. É um pouco difícil de notar esses detalhes com toda a ação acontecendo na tela, mas é bem legal ver como incluíram a personalidade de Miles para destacar que ele não é igual Peter. 

A estrutura do jogo é praticamente idêntica à do jogo anterior. O homem-aranha tem várias atividades para realizar em Nova Iorque, incluindo missões secundárias, prevenção de crimes, invasão de bases inimigas e coleção de vários itens que remetem ao passado do personagem. Essas atividades, apesar de serem variadas e divertidas, servem somente para estender uma campanha que é ridiculamente curta. A história principal do jogo pode ser completada entre 4 e 5 horas, com a possibilidade do jogador participar de um “Novo Jogo +” para conseguir todas as conquistas. 

Mas afinal, como o jogo está rodando nos PCs? Será que a Insomniac e a Nixxes Software conseguiram entregar um produto que aproveita todos os recursos da máquina da melhor maneira possível? Bom, não exatamente…

Problemas graves de performance

O jogo tem uma boa variedade de opções para modificar a qualidade gráfica dependendo da sua máquina, mas infelizmente sofre com graves problemas de performance. Meu computador é equipado com uma RTX 3070 e um ótimo processador da Intel, e ainda assim o jogo tinha dificuldade para se manter acima dos 60 quadros por segundo. Na verdade, com o Ray Tracing desligado, o jogo estava rodando em 40 quadros por segundo na maior parte do tempo, e sofria com muitas quedas durante a travessia pela cidade. 

Inclusive, em um dos momentos de transição de cena, o jogo simplesmente não carregou as texturas da cidade, caiu para 10 quadros e fez com que meu Miles entrasse no “limbo”, me obrigando a reiniciar o jogo com configurações mais baixas para que eu pudesse progredir. 

Usar as tecnologias de reconstrução de imagem como DLSS da Nvidia ou o AMD FSR também pareciam não resolver em nada na performance. As quedas eram tão chatas que eu simplesmente resolvi desativar qualquer tipo de upscaling do meu jogo, deixando só a suavização ligada para evitar aquelas bordinhas chatas nos objetos e personagens e permitindo que a imagem ficasse mais nítida possível. 

Graficamente o jogo está impecável, com detalhes surpreendentes no cenário e nos personagens que mostram a superioridade desta versão comparada com o jogo rodando nos consoles da Sony. Houve diversas na iluminação e nas sombras que fazem a cidade parecer mais realista do que nunca, e as texturas parecem ter sido retrabalhadas para o PC. 

Considerações 

Marvel’s Spider-Man: Miles Morales no PC é uma ótima aventura para aqueles que gostaram do jogo anterior graças a sua história, novos personagens e a fidelidade gráfica impecável. Infelizmente, os problemas de performance atrapalham a experiência geral, principalmente para entusiastas que jogam com máquinas mais potentes.

Além do PC, Marvel’s Spider-Man: Miles Morales está disponível para PlayStation 4 e PlayStation 5.

*Esta análise foi feita com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Sony PlayStation.

Fonte: terra.com.br/gameon

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