Segundo Prates, Mato Grosso é exemplo na geração de bioenergia e biocombustíveis, além de abrigar fontes renováveis como a solar e a eólica. Ele afirmou que o debate global não se resume apenas a recursos minerais, mas, principalmente, ao domínio de processos tecnológicos.
“A geopolítica da transição energética hoje está em cima do domínio de tecnologia primeiro. Muita gente fala da mineração crítica e tal, mas eu colocaria isso em segundo lugar. O fundamental hoje, por que a China é a potência que é? Porque ela domina processos tecnológicos, inteligência, cabeças. Não é uma questão só de trabalho braçal ou de alcance territorial, é uma questão de intelecto”, declarou nesta quarta-feira (27) .
Na avaliação do senador, o Brasil ainda trata pesquisa e inovação como prioridade secundária, o que fragiliza sua posição. Ele alertou que o país precisa investir em patentes e desenvolvimento tecnológico para não ficar atrás na corrida da transição energética.
Prates também citou a importância dos minerais críticos, como terras raras e insumos para semicondutores, e lembrou que esse tipo de mineração exige novas práticas, diferentes da tradição brasileira em ferro e ouro.
Outro ponto levantado foi a logística dos fluxos energéticos. Ele usou o hidrogênio como exemplo de vetor capaz de substituir petróleo e gás natural no comércio internacional. “A forma de liquefazer energia eólica qual é? É o hidrogênio. Você transforma vento, literalmente, em gás, através de uma eletrólise da água que usa energia também. Então, você pode levar energia eólica do Nordeste para a Alemanha, se você quiser, na forma de hidrogênio, na forma de amônia, em várias formas diferentes”, disse.
Fonte: Olhar Direto
