“Não tenho conhecimento disso e tenho absoluta convicção que o Estado investe muito mais do que R$ 500 mil nas políticas de defesa da mulher. Posso pedir às secretarias que façam esse levantamento, mas obviamente é muito maior do que o valor citado”, afirmou.
Garcia destacou ainda que a redução da violência depende de medidas punitivas mais rigorosas contra agressores, pois apenas penas severas seriam capazes de inibir novos casos. “O Brasil ainda carrega uma cultura machista, mas precisa ser combatido. O agressor tem que ter medo da pena, tem que saber que se cometer agressão será punido severamente”, declarou.
A polêmica surgiu após Janaina Riva, em coletiva na Assembleia Legislativa na última terça-feira (26), afirmar que os recursos previstos para 2024 sequer teriam sido aplicados, sendo remanejados pelo governo. Para a parlamentar, a situação representa desrespeito às mulheres, que somam 52% da população do Estado. Ela reforçou a importância da CPI do Feminicídio, em andamento no Legislativo, ao lado das deputadas Sheila Klener (PSDB) e Edna Sampaio (PT).
“Estamos falando de um valor já insuficiente diante da gravidade do problema, e que sequer foi utilizado. Queremos justiça e orçamento para mulheres. Esta CPI é fundamental para termos clareza sobre como o Estado tem tratado essa questão”, disse Riva.
Na quarta-feira (27), Garcia também confirmou que o governo fez um acordo com a deputada Edna Sampaio (PT) para substituir a CPI por uma comissão especial de combate ao feminicídio. O entendimento foi firmado em reunião com a parlamentar e com o deputado estadual Wilson Santos (PSD).
Edna havia encabeçado a proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os crimes de feminicídio em Mato Grosso.
Fonte: Olhar Direto
