Além de Cuiabá e Várzea Grande, que já contavam com a tecnologia, os equipamentos foram instalados em Barão de Melgaço, Poconé, Barra do Bugres, Primavera do Leste, Pontes e Lacerda e Campo Novo do Parecis. Ainda este ano, também devem receber sensores os municípios de São Félix do Araguaia, Rondonópolis, Barra do Garças, Guarantã do Norte e Nova Mutum.
“O monitoramento das concentrações de material particulado nos municípios do interior e na capital é importante para obtermos informações que subsidiem políticas públicas de meio ambiente e saúde, principalmente voltadas às populações expostas à poluição atmosférica”, destacou o coordenador de Monitoramento da Água e do Ar da Sema, Sérgio Figueiredo, responsável pelas instalações.
Os sensores, da marca Purple Air, foram adquiridos por meio do Mutirão de Conciliação Ambiental e contam com apoio de parcerias da Sema com o Programa de Pós-Graduação em Física Ambiental da UFMT e o Instituto de Proteção da Amazônia (Ipam). Os aparelhos monitoram em tempo real (a cada cinco minutos) e disponibilizam os dados gratuitamente no site map.purpleair.com.
Nos próximos meses, a Sema lançará ainda uma plataforma própria para consulta pública, com emissão de boletins diários contendo índices oficiais de qualidade do ar, conforme a Resolução Conama nº 506/2024.
Além do material particulado, o sistema permitirá acompanhar outros parâmetros, como dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx), monóxido de carbono (CO) e ozônio troposférico (O3).
Mato Grosso também integra a Coalizão Respira Amazônia, rede que reúne órgãos ambientais, universidades, ONGs e o Ministério do Meio Ambiente para desenvolver estratégias de enfrentamento aos impactos da poluição atmosférica na região amazônica.
Por que o material particulado preocupa?
As partículas em suspensão no ar são resultado da queima de combustíveis fósseis, emissões industriais e incêndios florestais. As mais finas — conhecidas como PM10 e PM2,5 — conseguem penetrar profundamente no sistema respiratório e até alcançar a corrente sanguínea, podendo causar doenças cardíacas e respiratórias.
Por isso, o monitoramento é considerado ferramenta essencial para ações de saúde pública, defesa civil e políticas ambientais, especialmente em estados como Mato Grosso, que enfrentam períodos prolongados de seca e alta incidência de queimadas.
Fonte: leiagora