A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), afirmou que não se preocupa com manifestações de eleitores que pedem o retorno do ex-prefeito Kalil Baracat (MDB). Em entrevista ao PodOlhar, videocast do Olhar Direto, a gestora disse que cada cidadão é livre para apoiar quem quiser, mas reforçou que sua gestão tem mostrado avanços em oito meses.
“Olha, não fico triste, não, de forma alguma. A pessoa é livre para escolher. Quer ficar no buraco, fica no buraco. Eu vou dar a oportunidade de sair do buraco. Agora, se a pessoa quer voltar para o buraco, vai ser à vontade dela. A democracia é livre para a pessoa escolher. Eu não fico triste, mas estou trabalhando, focada no meu trabalho”, declarou.
Flávia destacou que o principal desafio tem sido se consolidar como liderança política no município e enfrentar a situação financeira herdada. Segundo ela, a prefeitura teve de arcar com dívidas superiores a R$ 1 bilhão, incluindo precatórios e contratos emergenciais.
“O maior desafio é eu me colocar como uma liderança dentro do município. Quanto aos desafios cruciais, o financeiro é o que mais pesa. Sem dinheiro eu não cuido. E Várzea Grande não tem”, afirmou.
A prefeita disse ainda que encontrou dívidas de R$ 144 milhões no setor administrativo, além de outros débitos em análise, e que o caixa limitado da prefeitura restringe investimentos.
“Eu paguei os emergenciais, aquilo que não tinha como não pagar: ambulância, alimentação, medicamento. Mas os outros ainda estão em análise, esperando equilíbrio financeiro”, explicou.
Apesar das dificuldades, Flávia citou obras e projetos já iniciados nos primeiros meses, como recapeamentos, adutoras, reservatórios de água e melhorias em iluminação pública e serviços de limpeza.
“Em oito meses, conseguimos licitar os reservatórios de água, destravar obras paralisadas e avançar em recapeamento e infraestrutura. A população pode ter certeza de que estamos trabalhando. Eu falo que não é só secretariado, é um time, o time de Várzea Grande”, concluiu.
Fonte: Olhar Direto