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Cobertura exclusiva à venda por R$ 125 milhões ao lado de Neymar: confira!

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Vizinha ao apartamento de Neymar, a cobertura mais alta da América Latina está à venda por R$ 125 milhões e se consolida como o imóvel pronto mais caro de Balneário Camboriú (SC), cidade que tem o metro quadrado mais caro do Brasil. Com 1.060 metros quadrados, piscina privativa, academia de R$ 1 milhão e vista 360º para a cidade e o mar, a propriedade no Yachthouse by Pininfarina representa o imóvel mais exclusivo disponível no país.

O quadriplex, situado no 80º andar da Torre II do edifício — o empreendimento mais alto da América Latina com 294,1 metros de altura —, oferece 1.060 metros quadrados de área privativa e uma vista panorâmica. Para o corretor Bruno Cassola, especialista em imóveis de alto padrão no Sul do país, “esse certamente é um dos imóveis prontos mais caros e exclusivos do Brasil, é uma cobertura rara.”

As especificações do imóvel dão uma dimensão do que o futuro proprietário do imóvel terá à disposição:

  • 6 amplas suítes, sendo duas equipadas com hidromassagem
  • Pé direito duplo que confere amplitude aos ambientes
  • Living integrado à varanda externa de mais de 80 metros quadrados
  • Piscina particular
  • Academia totalmente equipada
  • Acabamentos premium, incluindo pedras finas e pisos especiais.

A sofisticação se estende aos detalhes técnicos: o imóvel possui aspiração central, sistema completo de automação residencial e aquecimento nos pisos dos banheiros. O isolamento acústico promete total privacidade aos futuros moradores, enquanto a vista 360° proporciona uma experiência de contemplação da cidade e do oceano.

Um dos diferenciais mais notáveis da propriedade é sua acessibilidade multimodal. “O comprador desse imóvel poderá ter acesso a ele por ar, através de heliponto homologado pela Anac [Agência Nacional de Aviação Civil], por água, já que o prédio está ao lado de uma marina, e também por terra, com dez vagas de garagem”, explica Cassola.

Cobertura Balneário CamboriúCobertura tem acesso direto para um heliponto homologado pela Anac. (Foto: Divulgação/Bruno Cassola)

Como interessados podem conhecer a cobertura em Balneário Camboriú

O edifício conta com 22 elevadores de ultravelocidade, permitindo que os moradores alcancem o topo em menos de 50 segundos. As imagens internas da propriedade não são divulgadas publicamente, e interessados em conhecer o imóvel precisam passar por um processo de validação antes de agendar uma visita – procedimento que reforça o caráter exclusivo da oportunidade e garante a privacidade dos atuais ocupantes do edifício.

A precificação da cobertura reflete sua exclusividade. Para efeito de comparação, outros apartamentos no mesmo prédio custam cerca de R$ 12 milhões pelos 265 metros quadrados, resultando em aproximadamente R$ 50 mil por metro quadrado. “A cobertura está praticamente pelo dobro desse valor porque ela é muito exclusiva”, justifica Cassola.

Home club Yachthouse cobertura balneário camboriúEdifício conta com um home club com estrutura para lazer e bem-estar. (Foto: Divulgação/Bruno Cassola)

O Yachthouse by Pininfarina ficou conhecido nacionalmente como o “prédio do Neymar” após o investimento do jogador brasileiro, que adquiriu uma cobertura ainda na fase de construção. O sertanejo Luan Santana figura entre os investidores do empreendimento, consolidando a reputação do local como endereço preferido de personalidades do entretenimento nacional.

O empreendimento, que ostenta o título de maior conjunto de torres gêmeas da América Latina, traz a assinatura da grife italiana Pininfarina, conhecida mundialmente por seus projetos exclusivos. O luxuoso home club de 10 mil metros quadrados oferece aos moradores piscinas aquecidas ao ar livre e restaurante exclusivo, criando um ambiente de resort permanente.

Perfil do comprador e exclusividade da cobertura em Balneário Camboriú

Segundo Cassola, o perfil típico de compradores para imóveis dessa categoria é bem definido e diversificado. “Cerca de 30% dos clientes que compram imóveis de alto padrão são do agronegócio, a maioria deles do oeste do Paraná e do Mato Grosso. Os demais percentuais são empresários do setor industrial e, mais recentemente, da área de tecnologia – pessoas que desenvolveram sistemas para farmácias, obtiveram patentes e hoje têm patrimônio global. É um mix bem grande que envolve indústria, tecnologia e agronegócio”, detalha o corretor.

Quanto à faixa etária, o especialista observa uma concentração em compradores mais experientes, sendo a maioria entre 45 e 60 anos, chegando até os 70 anos. Segundo ele, há poucos jovens de até 35 anos nesse mercado. No entanto, Cassola acredita que esse cenário pode mudar: “Com a globalização, tecnologia, 5G e a nova economia, pode ser que comece a aumentar o percentual de compradores mais jovens no futuro.”

A escassez de imóveis similares no mercado é outro fator que valoriza a propriedade.

Segundo o corretor, essas pessoas usam os imóveis mais caros como residência de final de semana, de veraneio, de férias. “É bem provável que quem compre não more permanentemente, mas utilize algumas vezes por ano”, explica.

A escassez de imóveis similares no mercado é outro fator que valoriza a propriedade. “Tenho muitos apartamentos da cidade para vender, mas cobertura com piscina privativa ao ar livre, com essa assinatura, com todas essas características, eu não tenho outro para oferecer no mercado. Se alguém quiser comprar uma igual, terá que esperar ficar pronto projetos futuros como o Senna ou Armani Casas”, destaca o especialista.

Sobre o prazo de venda para imóveis desta categoria, Cassola revela que a grande maioria das vendas demora entre dois meses e um ano. Em alguns casos, esse tempo se estende por até três anos.

Quanto à cobertura específica de R$ 125 milhões em Balneário Camboriú, o corretor informa que ainda não há interessados em processo avançado de negociação. “Tivemos algumas consultas, algumas ligações, mas o proprietário faz questão de não baixar o preço. Não haverá grandes descontos – ele quer os R$ 125 milhões”, afirma.

Setor da construção civil aquece a economia no Sul do país

A robustez do mercado imobiliário catarinense tem fundamentos sólidos. O setor da construção civil de Santa Catarina é responsável por 5,5% do PIB nacional do segmento e 30% do PIB setorial da região Sul. A região como um todo concentra 20% do PIB nacional do setor, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Embora o primeiro trimestre de 2025 tenha apresentado desafios — com queda de 0,8% no PIB nacional da construção civil em relação ao trimestre anterior, reflexo da elevação dos juros e incertezas econômicas —, a economista Ieda Vasconcelos, da CBIC, mantém perspectiva otimista para o setor. “O ciclo produtivo da construção é longo. As obras lançadas nos últimos anos continuam contribuindo para o crescimento do setor em 2025 e 2026. Mas nossa preocupação é com o médio e longo prazos. Para continuar crescendo, precisamos continuar lançando novos empreendimentos, e para isso precisamos de um cenário estável.”

Apesar da retração pontual do PIB setorial, a Região Sul mantém indicadores relevantes: concentra 24,5% dos estabelecimentos da construção civil no país, totalizando 70.248 empresas de um universo nacional de 286.277. Santa Catarina ocupa posição de destaque com 22.308 estabelecimentos, representando 31,76% da construção civil do Sul.

Cobertura Yachthouse em Balneário CamboriúCobertura à venda em Balenário Camboriú tem vista 360º para a cidade e para o mar. (Foto: Divulgação/Bruno Cassola)

No mercado de trabalho, o setor demonstra resiliência. Entre janeiro e maio de 2025, foram criadas 25.109 novas vagas com carteira assinada na Região Sul – uma leve queda de 1,77% frente ao mesmo período de 2024, mas ainda superando os resultados de 2022 e 2023, evidenciando a manutenção do aquecimento do mercado.

Santa Catarina se destacou na geração de mais de 9,5 mil vagas formais no segmento de serviços especializados para construção, como obras de acabamento, instalações elétricas e preparação de canteiros, demonstrando a pujança de suas cadeias produtivas. O segmento de serviços especializados registrou alta de 16,14% nas contratações regionais.

Balneário Camboriú está no epicentro do luxo imobiliário

Neste cenário positivo, Balneário Camboriú consolidou-se como a cidade com o metro quadrado mais valorizado do Brasil, reflexo de um mercado imobiliário aquecido e da crescente demanda por imóveis de alto padrão na região, segundo o Índice FipeZap referente a julho de 2025, desenvolvido em parceria pela Fipe e pelo Grupo OLX.

A cidade catarinense se mantém no topo da lista das cidades com o metro quadrado mais caro — R$ 14.869 — e tem atraído investidores de todo o país, que veem no litoral sul uma oportunidade segura para aplicação de recursos. Outras cidades do estado, Itajaí, Itapema e Florianópolis ocupam o segundo, terceiro e quinto lugar no ranking, respectivamente. A única cidade fora do litoral catarinense que figura entre os metros quadrados mais caros do Brasil é Vitória (ES).

Segundo Paula Reis, economista do Grupo OLX, a valorização de Balneário Camboriú está inserida em um fenômeno mais amplo de aumento nos preços de imóveis em cidades litorâneas, movimento que ganhou força durante a pandemia de Covid-19. Nesse período, muitos profissionais passaram a trabalhar em home office e buscaram locais que combinassem infraestrutura urbana e proximidade com a natureza.

“Esse processo [de valorização imobiliária] só foi possível porque o mercado vivia condições excepcionais de crédito, com as menores taxas de juros da história recente, o que ampliou o acesso a financiamentos e impulsionou a demanda por imóveis na região”, explica.

Ela acrescenta que o aumento da procura atraiu novos empreendimentos e investimentos, o que acabou potencializando a valorização. O diferencial de Balneário Camboriú e de cidades vizinhas, como Itapema e Itajaí, em relação a outros municípios litorâneos, foi a intensidade e a persistência desse processo. “Isso ajuda a explicar por que hoje elas ocupam as primeiras posições no ranking nacional do metro quadrado mais caro, de acordo com o Índice FipeZap”, completa a economista.

Fonte: gazetadopovo

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