“O comportamento dos estudantes é um problema nosso, da reitoria, dos pró-reitores, dos professores, diretores e da guarda contratada […]. As três últimas ocorrências, um homicídio e dois assédios, não tinham como envolvidos nenhum estudante ou servidor público [como agressores]”, alegou a gestora.
Segundo Marluce, que evitou acusar diretamente os policiais de apontarem armas para os estudantes, os militares alegaram que as armas permaneceram nos coldres — versão contestada por imagens enviadas ao Leiagora. Ainda assim, a reitora classificou a ação como excessiva: “De qualquer forma, foi uma abordagem desnecessária, porque às 15h, 16h, você não pode revistar uma pessoa a não ser que ela ofereça alguma ameaça.”
Ela reforçou que a comunidade acadêmica não é o problema, mas sim a vulnerabilidade estrutural do campus, cuja lateral voltada para a Avenida Córrego do Barbado permanece aberta e facilita a entrada de pessoas estranhas. Na entrevista, ela contou que está articulando recursos para a construção de um muro ou cercamento.
A Polícia Militar passou a fazer rondas no campus para tentar restabelecer a sensação de segurança no local após uma série de casos de violência que assustaram a comunidade acadêmica e ganharam manchetes na mídia.
Além da segurança, a entrevista também tratou da retomada de obras paralisadas no campus de Cuiabá e dos planos de expansão da universidade, incluindo a inauguração do campus de Lucas do Rio Verde, prevista para o próximo ano.
Fonte: leiagora