Durante encontro com o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson Redivo, o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de Mato Grosso (Creci-MT), Claudecir Conttreira, debateu a questão da demarcação de terras indígenas, tema que ameaça a produção agropecuária do Estado e ainda não foi definida no Congresso e Judiciário.
Em um seminário com a presença de políticos e produtores, a criação de novas reservas indígenas foi pauta central, pois impacta diretamente a produção, o campo e o mercado imobiliário rural.
Para Conttreira, a demarcação é “pauta superada” e deve ficar no passado.
“As leis ambientais são muito duras no Brasil. E para nós, do mercado imobiliário, quem faz negócios no campo, negócios vultuosos, nesse momento há o temor. Existem negócios que já estão sendo retraídos pelo temor. A insegurança que isso gera. Então, essa discussão tem que acabar hoje, aqui”, afirmou.
Redivo acredita que a solução deveria caminhar no sentido contrário. Ao invés de reduzir áreas produtoras para transformar em aldeias indígenas, deveria ser dada a oportunidade para que os indígenas também produzissem, pauta que inclusive essa faixa da população concorda.
“Isso impacta negativamente para a produção do estado, que tem reservas indígenas que pretendem ser criadas em áreas produtivas, onde temos produtores assentados que estão há mais de 40, 50 anos nessas áreas. E a criação dessas reservas cria um problema social, porque essas propriedades que ali estão produzindo serão desalojadas. Então é uma grande injustiça que nós não podemos permitir que aconteça. Nós já temos 16,5% de áreas, de reservas indígenas no estado, que é uma área imensa. Eu acho que nós temos que dar oportunidade para o índio produzir nas reservas já existentes para que ele tenha dignidade.”
Fonte: unicanews