A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, participou nesta terça-feira (19) de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Ela destacou que a revisão de gastos não deve ser encarada como negativa, mas como uma forma de administrar bem o dinheiro público.
Em sua fala, Tebet afirmou:
“Está na hora da gente tirar esse tabu de falar de spending review, revisão de gastos, como se fosse alguma coisa nefasta. Ao contrário. A gente tem que gastar bem o pouco recurso que a gente tem. Então falar em revisão de gastos, é falar de cuidar bem do dinheiro do povo brasileiro.”
A ministra também abordou a necessidade de revisar os gastos tributários decorrentes de isenções e renúncias fiscais, que, segundo o governo, ultrapassam meio trilhão de reais, pressionando as contas públicas.
Segundo Tebet, um corte linear de 10% nos subsídios fiscais seria apenas o início, e não o fim do processo. Ela reforçou que, a partir de 2026, será necessário aprofundar a análise das despesas.
“Alguns falam em algo como um corte de 10% linear. Eu quero já dizer que isso seria um ponto de partida, não de chegada, isso é absolutamente insuficiente. Não é justiça tributária, mas é o que temos. Então, dá para ser um ponto de partida relevante, mas é preciso depois se debruçar nos números a partir de 2026”, afirmou.
A ministra garantiu ainda que o orçamento de 2026 será entregue até 31 de agosto, cumprindo o prazo legal, e que a meta fiscal prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias será mantida.
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Fonte: cenariomt
