“Eu acho que a palavra, a palavra, ela foi inapropriada. A palavra, sim, foi inapropriada por causa do peso da palavra, sabe o peso pejorativo que a palavra tem? Eu acho que isso foi inapropriado, mas o meu descontentamento continua o mesmo. A minha observação sobre as condições da Universidade, ela continua a mesma, mas o peso da palavra foi inapropriado porque traz uma certa dissonância com a história, a mensagem da própria Universidade”, declarou ele aos jornalistas em visita à Assembleia Legislativa (ALMT).
A polêmica começou na terça-feira (19), quando Abilio, em entrevista coletiva na Câmara Municipal de Cuiabá, afirmou que a UFMT “é uma bosta”. A fala ocorreu ao comentar um vídeo divulgado nas redes sociais em que estudantes que fizeram o gesto do “L” teriam dificuldades em resolver operações matemáticas simples.
Na ocasião, o prefeito criticou o modelo de ingresso no ensino superior e disse que alunos de escolas públicas muitas vezes acabam em cursos de baixa qualidade no ensino a distância, enquanto estudantes de escolas particulares conseguem entrar em universidades públicas.
Mesmo reconhecendo o exagero no vocabulário, o prefeito reiterou seu posicionamento crítico à atual UFMT, alegando que a instituição perdeu qualidade acadêmica e se aproximou de pautas políticas.
“Eu continuo reforçando. A Universidade hoje, nos dias de hoje, essa universidade está muito aquém. Ela não chega nem à sombra de toda a sua história, não chega à sombra daquilo que ela já construiu, da memória que a população cuiabana tem da grande Universidade Federal do Estado de Mato Grosso. Contudo, hoje ela está se aproximando muito mais de um partido político do que de um espaço de formação acadêmica”, completou.
Fonte: Olhar Direto