Mato Grosso deverá confinar em 2025 um volume de 926.787 mil cabeças de bovinos, 3,84% a mais do que o observado em 2024. É o que aponta o 2º Levantamento das Intenções de Confinamento para o ano.
O aumento, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), é creditado a melhora na margem da atividade, impulsionada pela recuperação dos preços do boi gordo, apesar da alta anual de 11,93% no custo da diária, reflexo da alta nos preços do milho, que fechou em R$ 13,25 por cabeça/dia.
A região com maior concentração de gado a ser confinado deverá ser a oeste com uma perspectiva de 272.209 animais, seguida do norte com 195.685. As menores intenções de animais estão nas regiões nordeste com 52.527 animais e noroeste com 52.601 animais.
O levantamento aponta ainda que dentre os pecuaristas – 116 participantes da pesquisa – entrevistados 69,57% apontaram ter a intenção de confinar em 2025, enquanto 30,43% afirmaram que não irão confinar.
“Mesmo com o menor percentual de pecuaristas decididos a realizar, o volume total de animais terminados em confinamento no estado aumentou”, salienta o Instituto no levantamento. “A decisão de não confinar concentrou-se principalmente em propriedades de menor capacidade estática”.
Outro ponto destacado é quanto ao avanço de outros mecanismos de terminação dos animais no estado. “Entre os pecuaristas que optaram por não realizar confinamento neste ano, o uso do semi-confinamento manteve-se em patamares semelhantes para ambos os grupos. Já a adesão da Terminação Intensiva a Pasto (TIP) foi maior entre os que não irão realizar confinamento, com 18,18%, ao passo que entre os confinadores ativos este ano, a TIP é realizada por 6,90%”.
O estudo também destaca que “a baixa utilização de mecanismos de proteção de preços, com apenas 8% dos entrevistados travando com frigoríficos e 3,70% via bolsa, reflete o momento de alta no mercado do boi gordo”. Segundo o estudo, o preço de reposição é a principal preocupação dos confinadores, seguido pelo preço do boi gordo.
“Com a manutenção do ritmo de confinamento e o avanço de sistemas alternativos, o segundo semestre deve concentrar a maior parte dos envios para abate, especialmente nos meses de agosto, setembro e outubro, consolidando 2025 como um ano de forte desempenho para a terminação intensiva em Mato Grosso”.
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Fonte: canalrural