CENÁRIO POLÍTICO

União-Progressistas mira eleger quatro deputados federais em 2026 com apoio de Vírginia, Garcia e Assis

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A Federação União-Progressistas projeta lançar uma das chapas mais competitivas à Câmara dos Deputados em 2026 por Mato Grosso, com expectativa de eleger entre três e quatro parlamentares. Nos bastidores, o grupo aposta em lançar pelo menos cinco nomes de peso que somados podem ultrapassar a marca de 300 mil votos, combinado a candidaturas de lideranças interessadas na exposição política regional para bater mais de 350 mil votos.

Atualmente, a federação conta com dois deputados federais titulares, Fábio Garcia (União) e Coronel Assis (União), além da suplente Gisela Simona (União), em exercício no mandato há mais de um ano. O time será reforçado com a suplente de senadora Margareth Buzetti, que formaliza sua filiação ao Progressistas nesta quinta-feira (21).
Outro trunfo é a possível candidatura da primeira‑dama de Mato Grosso, Virginia Mendes (União). Caso ela opte por não entrar na disputa, o nome escalado é o de Wener Santos (Progressistas), presidente da MT Par, que terá apoio do irmão, o ex‑senador Cidinho Santos.

A projeção da federação é que cinco desses seis nomes principais sejam suficientes para ultrapassar os 300 mil votos, garantindo a eleição de até quatro deputados. O restante da chapa deve ser preenchido por mais cinco candidatos, entre vereadores e lideranças sem mandato, que buscariam visibilidade política de olho em 2028. A soma desse segundo grupo pode render outros 50 mil votos.
Em 2022, a chapa do Partido Liberal (PL) de Mato Grosso à Câmara dos Deputados n obteve 377.457 votos e com isso garantiu quatro das oito vagas em disputa. Em 2026, a tendência é que Mato Grosso tenha nove vagas em disputa, então uma votação um pouco mais baixa poderia garantir a mesma quantidade de votos. 
A expectativa é que pelo menos cinco dos seis principais nomes do colocados a deputado federal pelo União-Progressista sejam candidatos e tenham uma média de 60 mil votos cada. 

Fábio Garcia foi o deputado federal mais votado por Mato Grosso em 2022, com 98.704 votos (5,70 % dos votos válidos), consolidando-se como nome majoritário da federação. Coronel Assis, também eleito pelo União, recebeu 47.479 votos (2,74 %), consolidando posição como voz do bolsonarismo e com expectativa de ampliar a votação em 2026.
Na suplência, Gisela Simona ganhou musculatura ao ocupar o mandato por mais de dois anos, ampliando presença em bases regionais. Margareth Buzetti terá cumprido quase quatro anos de mandato como senadora até a eleição, período em que apresentou projetos de forte apelo popular, como o pacote anti-feminicídio, o cadastro nacional de pedófilos e estupradores e propostas de proteção a crianças e adolescentes na internet, apresentadas antes do caso Felca.
Já Virginia Mendes, com mais de 250 mil seguidores no Instagram, é considerada um fenômeno de popularidade. A candidatura da primeira-dama, se confirmada, viria atrelada à pré-candidatura do governador Mauro Mendes (União) ao Senado, numa dobradinha vista como capaz de alavancar a votação da federação.

A único empecilho para essa formação seria um suposto acordo já firmado pelo deputado federal coronel Assis para migrar ao PL em 2026. Eleito em 2022 com discurso voltado a segurança pública e penetração política na Polícia Militar, ele e se tornou uma das vozes do bolsonarismo e é atual vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados. Cogita-se que ele assumiu esse cargo após um acordo feito com lideranças do Partido Liberal.

 

Fonte: Olhar Direto

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