A partir desta segunda-feira (18), o PAM (Pronto Atendimento Médico) do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) irá atender somente os pacientes encaminhados pela central de regulação, em geral, os casos maior gravidade. O HRMS é referência nos atendimentos de alta complexidade, como cirurgias de grande porte e tratamentos especializados.
As mudanças no atendimento foram anunciadas na última semana pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), e faz parte da implementação de um novo modelo organizacional para a rede pública de saúde do estado, baseado nas diretrizes do SUS (Sistema Único de Saúde).
O novo modelo de atendimento, segundo o governo, visa garantir que cada município tenha o nível de atendimento adequado à sua demanda e capacidade instalada.
Em entrevista, Marielle Esgalha, diretora da Funsau (Fundação Serviços de Saúde), responsável pela gestão do HRMS, explicou que a mudança visa concentrar os atendimentos aos pacientes que já passaram por uma avaliação médica.
“Hoje a gente atende cerca de 3 mil pacientes por mês, no pronto-socorro do hospital regional. Desses, 1.500 eram de demanda espontânea, e essa demanda gera pouca internação, diferente dos pacientes encaminhados que vem com um filtro muito bom, e dos encaminhados, 90% são internados”.
Marielle Alves Correa Esgalha, diretora presidente da Funsau
Com isso, os serviços são organizados em uma rede hierarquizada e regionalizada:
- Cidades pequenas terão foco na atenção primária, com atendimento em UBS (Unidade Básica de Saúde), vacinação, acompanhamento de doenças crônicas e consultas com clínicos gerais;
- Cidades médias passam a fortalecer a atenção secundária, com especialistas, exames de maior complexidade e urgência/emergência;
- Cidades grandes concentram a alta complexidade, como cirurgias especializadas, cuidados intensivos, transplantes e atendimento de casos de alta gravidade.
Com a nova regra, pacientes que precisarem de atendimento de urgência devem procurar primeiro a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou o CRS (Centro de Referência de Saúde) mais próximo, onde receberão os cuidados iniciais e, se necessário, serão encaminhados para o HR.
Segundo a SES, a reorganização permite que o Hospital Regional concentre recursos e equipe para casos de maior complexidade, enquanto as unidades de atenção primária e média complexidade passam a atender pacientes de menor gravidade.
Fonte: primeirapagina