Em reportagem publicada na da Revista , Adalberto Piotto enumera os postos de destaque global nos quais o Brasil tinha oportunidade de avançar. Ser o celeiro do mundo e um agente de promoção internacional da paz eram frentes nas quais o país jogava com larga vantagem.
Entretanto, o presidente Lula, em seu terceiro mandato, insiste em jogar fora o potencial rico da nação, assim como o apreço dela pela democracia. Sim, diz o autor, o país continua imprescindível para o mundo, porém cada vez mais distante de seu protagonismo natural. Tudo em nome de uma leitura ideológica da realidade.
“As compras para atender o público americano de 340 milhões de pessoas com alto poder aquisitivo e cultura de consumo atingiram a marca de US$ 3,2 trilhões em 2024. Isso equivale à soma de todas as riquezas produzidas pelos franceses no mesmo ano, ou seja, o PIB da França. Mesmo assim, representam apenas 11% da economia americana. Trazendo a discussão para abaixo da linha do Equador, dos mais de US$ 3 trilhões do total de importações americanas apenas de bens (juntando serviços, chega a US$ 4 trilhões), o Brasil só vendeu US$ 40 bilhões. Por que não fomos além no comércio exterior com o maior comprador mundial? A resposta fala português e com erros de concordância graves na insistência de Lula em ignorar os fatos. Sem contar que nossa carga tributária global chegou a 35% em 2024, a reforma tributária falhou em simplificar de vez a legislação ou reduzir impostos porque o governo tem aumentado os gastos e sua conhecida ineficiência. Coloque a insegurança jurídica na conta e o risco de tombo do investidor aumenta. Para onde irão os bilhões de fundos de investimentos que procuram um porto seguro pelo mundo?
Veja que a União Europeia, o Reino Unido, o Japão, a Coreia do Sul, a Austrália, a Indonésia, as Filipinas, o Vietna (os últimos três são as novas fábricas do mundo) já fecharam novos acordos com concessões importantes à Casa Branca. A Índia acaba de ser punida com tarifa de 50% por comprar petróleo russo e sob a acusação de servir como intermediária, um problema geopolítico, não tarifário. Mas permanece negociando, com um canal aberto entre Trump e o primeiro-ministro Narendra Modi. As conversas com a China ganharam mais 90 dias. Em todos os casos, ninguém abriu mão de negociar desde o princípio. A exceção do Brasil de Lula, que escolheu ser porta-voz da desdolarização do comércio exterior em nome do Brics, sendo que publicamente todos os outros três grandes sócios originais tenham evitado defender a posição isolada do homem das jabuticabas azedas. Foi desautorizado, na verdade. Em sua megalomania de encontrar algum holofote internacional, Lula segue com a sandice de comprometer o trabalho dos exportadores brasileiros que, por competência própria, abriram mercado nos EUA.”
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A Edição 283 da Revista vai além do texto de Adalberto Piotto. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Guilherme Fiuza, Alexandre Garcia, Silvio Navarro, Ana Paula Henkel, Rodrigo Constantino, Roberto Motta, Cristyan Costa, Carlo Cauti, Artur Piva, Ubiratan Jorge Iorio, Edilson Salgueiro, Dagomir Marquezi, Fábio Bouéri, Brendan O’Neill (da ), Emma Camp (da ) e Daniela Giorno.
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Fonte: revistaoeste