A sustentabilidade da pecuária brasileira foi um dos destaques nesta quinta-feira (17) durante a COP 27. No painel que tratou sobre os sistemas de produção e reinserção ambiental de pequenos produtores no estado, o presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), Caio Penido, explicou que o Brasil precisa de parceiros no mundo e não de boicotes.
“Não precisamos de imposição igual essa que está vindo na legislação europeia. A União Europeia vai fazer a classificação de risco de desmatamento dos países. Para um país que não tem floresta, qual o nível de desmatamento? Nenhum. Não tem risco, agora o país que conserva 66% da área se torna alvo e o risco é maior”, diz Penido.
Esse recado foi dado no painel que contava com a participação da Secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, e representantes do Ministério Público Federal no estado e do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). O painel fez o lançamento do Passaporte Verde que reúne ações com base nos programas já desenvolvidos pelo IMAC há alguns anos.
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“Partimos do princípio que nenhum país produtor de carne, exportador de carne tem uma sustentabilidade maior que a nossa. E como vamos mostrar isso para o mundo? Então, através de uma parceria com o Ministério Público Federal foi identificado que 80% dos abates feitos em Mato Grosso já eram legais. Agora, vamos tentar chegar em 100% para comprovar a sustentabilidade do estado. A dificuldade será a aprovação da regularidade da fazenda e por isso, trabalhamos mecanismos para que ela se torne mais pragmática”, afirma o presidente do IMAC.
Passaporte Verde
Com relação ao Passaporte, foram apresentadas também algumas metas que o IMAC espera em 2025. São eles: elevar de 80% para 100% o número de indústrias processadores de bovino inserida no programa, avançar na análise mais simplificada do cadastro ambiental rural das propriedade de pecuária no estado, iniciar operações rastreáveis dos fornecedores indiretos e chegar a ⅓ dos abates de até 30 meses de idade.
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Fonte: canalrural