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Instituto promove estudos inéditos com pesquisadores sobre favelas

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A Central Única das Favelas (Cufa) e a Favela Holding lançaram nesta quarta-feira (13) o Instituto Central, uma rede cooperativa que reunirá pesquisadores de todo o Brasil para produzir dados e análises sobre as populações das favelas. O evento ocorreu na sede da Cufa, no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, com a presença de líderes como Preto Zezé, Cléo Santana, Marcus Vinícius Athaíde e Celso Athaíde.

Segundo Cléo Santana, diretora do projeto, a proposta é que os moradores sejam protagonistas na produção científica. “Queremos transformar território em dado e dado em transformação real”, afirmou.

O instituto criará uma rede de inteligência e diagnóstico social. A pesquisa de estreia será um levantamento com mais de 10 mil pessoas em conflito com a lei, especificamente operadores do tráfico, abrangendo ao menos 24 estados em 22 dias. O estudo abordará temas como família, hábitos, consumo, sonhos e perspectivas de futuro, sem tratar diretamente de criminalidade ou violência.

O coordenador técnico será Geraldo Tadeu, referência nacional em estudos sociais, que relembrou ter participado, em 2007, da única pesquisa exclusiva com moradores de favelas até então, publicada em 2008 pelo jornal O Globo.

O objetivo é obter uma amostra de 400 pessoas por estado, resultando em dados representativos para cada unidade federativa. Para Marcus Vinícius Athaíde, gestor do Instituto, compreender as favelas com olhar de mercado é fundamental, integrando a iniciativa a outros projetos da Favela Holding.

Os organizadores destacaram a importância de uma abordagem sem preconceitos, com escuta humanizada sobre a realidade das pessoas. Celso Athaíde reforçou que, apesar das histórias difíceis, é essencial registrar e compreender essas vivências para promover mudanças concretas.

Fonte: cenariomt

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