Autoridades israelenses acusam o grupo terrorista de manipular informações ao divulgar mortes de pacientes para fortalecer relatos de crise alimentar em Gaza. O (Cogat), órgão do Ministério da Defesa de Israel responsável por assuntos civis nos territórios palestinos, declarou nesta terça-feira, 12, que o grupo busca “amplificar a narrativa da fome” na região.
Em publicação no X, o Cogat afirmou que investigações do setor de defesa revelam que mortes decorrentes de problemas médicos preexistentes são relatadas como desnutrição, a fim de impulsionar os objetivos políticos do grupo. O órgão ressalta que a identificação dos falecidos não foi divulgada como em ocasiões anteriores, o que, segundo eles, compromete a transparência dos dados.
“Apesar da suposta alta taxa de mortes em julho, o Ministério da Saúde do Hamas não publicou a identidade dos falecidos como fez no passado”, afirma o comunicado do Cogat. “Essa discrepância entre as informações numéricas e as publicações [de nomes] individuais levanta dúvidas sobre sua credibilidade.”
Hamas’s “Starvation Campaign” is a coordinated effort to mislead the public.
➡️A thorough review by the defense establishment exposes how Hamas is misrepresenting deaths from pre-existing medical conditions as malnutrition to advance their political agenda.
➡️For instance, in… pic.twitter.com/LxeXCPx68D
— COGAT (@cogatonline) August 12, 2025
O Exército de Israel iniciou uma apuração detalhada sobre as mortes listadas como resultado de desnutrição. De acordo com a instituição, “a análise caso a caso das mortes divulgadas mostra que a maioria dos que supostamente morreram por desnutrição tinha condições médicas prévias que levaram a uma deterioração de sua saúde não relacionada ao seu estado nutricional”.
Mortos por doenças em Gaza foram contados como desnutridos
Um dos exemplos citados é o do menino Abdullah Hani Muhammad Abu Zarqa, de quatro anos, cuja situação de saúde foi atribuída à fome por apoiadores do Hamas. Conforme a apuração do Cogat, ele sofria de doença genética que causa deficiência de vitaminas e minerais, além de osteoporose, quadro herdado por outros familiares.
O órgão informou ainda que, quatro meses antes do conflito, a criança foi levada pela mãe, com permissão do governo de Israel, ao Hospital Al-Makassed, em Jerusalém Oriental, para tratamento.
On August 11, 300 trucks carrying humanitarian goods entered Gaza through the Kerem Shalom and Zikim crossings, and over 270 trucks were collected and distributed by the UN and international organizations.
Additionally, tankers of UN fuel entered for the operation of essential… pic.twitter.com/N3Pl8N2FGx
— COGAT (@cogatonline) August 12, 2025
O Cogat ressaltou que imagens chocantes de pacientes são utilizadas em uma tentativa de criar pressão internacional e afetar a opinião pública sobre Israel. “O Hamas explora de forma cínica imagens trágicas e as utiliza em uma campanha de propaganda falsa e cronometrada, com o objetivo de gerar pressão e criar opinião pública negativa contra Israel.”
O órgão destacou o compromisso em continuar colaborando com a comunidade internacional para aprimorar a resposta humanitária em Gaza, ao mesmo tempo que rejeita as acusações de promover a fome no território.
Fonte: revistaoeste