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Segurança ao comprar peças automotivas online: dicas essenciais

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Comprar peças automotivas pela internet deixou de ser novidade e passou a fazer parte da rotina de muitos motoristas brasileiros. A comodidade de pesquisar, comparar preços e receber o produto em casa conquistou o público, especialmente quem busca rapidez ou peças difíceis de encontrar.

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No entanto, o que parece um bom negócio pode esconder algumas armadilhas. Entre as quais estão falsificações, produtos sem certificação obrigatória e anúncios enganosos, capazes de comprometer não só o bolso, mas também a segurança do veículo e de quem está ao volante

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Pensando nisso, o IQA, Instituto da Qualidade Automotiva, lançou o Guia Prático de Segurança na Compra Online de Peças de Reposição, um material desenvolvido para orientar consumidores, fabricantes, importadores, distribuidores e plataformas digitais sobre como realizar transações seguras e garantir a conformidade dos produtos.

O mercado de autopeças online está em expansão, mas os números mostram que os golpes também aumentaram. Segundo dados da OLX, mais de 91 mil brasileiros foram vítimas de fraudes em compra e venda de veículos na internet apenas em 2023, com prejuízos estimados em R$ 2,7 bilhões. 

Outro levantamento, apontou que, no primeiro semestre de 2024, as tentativas de fraude no e-commerce brasileiro cresceram 40%, sendo que 75% delas ocorreram via dispositivos móveis.

Principais riscos identificados

Certificação e a procedência das peças são essenciais para garantir a segurança veicular 
Imagem: Divulgação

Entre os problemas identificados, estão a falta de padronização na divulgação de certificações, a presença de produtos não homologados vendidos como originais, peças recondicionadas sem requalificação adequada e descrições incompletas ou enganosas.

Peças que merecem atenção especial

  • Alto risco de acidentes: amortecedores, bombas de combustível, terminais e barras de direção, pastilhas de freio.
  • Reduzem a vida útil do veículo: anéis de pistão, bronzinas, pinos e anéis de trava, pistões.
  • Baixa durabilidade ou impacto no consumo: lâmpadas automotivas, baterias chumbo-ácido, buzinas, conversores catalíticos.

Segundo Guilherme Guelfi, coordenador do grupo responsável pelo projeto, a certificação e a procedência das peças são essenciais para garantir a segurança veicular. 

Já o superintendente do IQA, Alexandre Xavier, defende que plataformas de e-commerce adotem medidas como exigir certificação compulsória sempre que aplicável, incluir o número de registro do Inmetro nos anúncios, remover produtos que apresentem riscos físicos ou ambientais, combater falsificações e oferecer canais de denúncia para consumidores. Ele também sugere campanhas educativas e a criação de selos de qualidade para vendedores.

O que mais os especialistas dizem?

Centro de Distribuição de Peças
 Imagem: Divulgação

A reportagem do Autoo também entrou em contato com o Sincopeças-SP para entender o posicionamento do setor sobre o avanço da venda de peças falsificadas ou sem certificação obrigatória no ambiente digital.

Segundo a entidade, a situação é motivo de grande preocupação, já que prejudica não apenas o comércio de autopeças, mas toda a cadeia produtiva do setor. O Sincopeças representa mais de 71 mil lojas de autopeças no Brasil, sendo 18 mil delas no Estado de São Paulo. 

Para o sindicato, a presença de peças irregulares no mercado virtual é “como andar sobre um campo minado, onde não se sabe quando o veículo sofrerá danos mais graves em função de componentes de procedência duvidosa”.

Entre as medidas defendidas pelo setor, estão a proibição de anúncios de peças de origem suspeita nas plataformas de e-commerce, a exigência do número de certificação do Inmetro quando aplicável, o aviso ao consumidor sobre normas técnicas e certificações compulsórias, além de recomendações para que a substituição de componentes seja feita apenas com orientação de um profissional automotivo.

Para o consumidor, o alerta é claro: não adquirir peças ou acessórios de origem duvidosa, nunca comprar componentes obrigatórios sem certificação do Inmetro, evitar substituições sem o acompanhamento de um profissional e lembrar que peças e óleos usados fazem parte da lei de logística reversa, portanto, não podem ser descartados no lixo comum.

Fonte: autoo

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