A companhia aérea Emirates anunciou que, a partir de 1º de outubro, nenhum passageiro poderá utilizar power banks durante o voo. A medida vale para todos os modelos e se aplica tanto ao carregamento de dispositivos pessoais quanto à recarga do próprio carregador portátil nas tomadas da aeronave.
Embora o uso esteja proibido, os passageiros poderão levar um power bank na bagagem de mão, desde que a capacidade seja inferior a 100 Wh e essa informação esteja claramente indicada no equipamento. O item deve ser guardado em local de fácil acesso, como no bolso do assento ou em uma bolsa sob a poltrona, e nunca no compartimento superior. O transporte em bagagem despachada segue proibido, conforme normas internacionais.
Segurança contra incêndios
Segundo a companhia aérea, a decisão é resultado de uma revisão de segurança que identificou um aumento no número de incidentes envolvendo baterias de lítio a bordo. Esses equipamentos, quando danificados ou sobrecarregados, podem sofrer um processo chamado “fuga térmica”, no qual a temperatura sobe rapidamente de forma descontrolada, podendo causar incêndios, explosões e emissão de gases tóxicos. Embora celulares e outros eletrônicos mais modernos possuam sistemas internos para evitar sobrecarga, muitos modelos básicos de carregadores portáteis não oferecem essa proteção, o que eleva o risco dentro de aeronaves.
Caso recente reacende alerta
A medida da Emirates vem após um incidente na quarta-feira (6) em um voo da KLM, que partiu de Guarulhos com destino a Holanda. Durante o trajeto, um power bank pegou fogo dentro da mochila de um passageiro, a cerca de quatro horas do pouso. A tripulação controlou as chamas com um extintor, mas a cabine ficou tomada pela fumaça. Veja o vídeo:
No Brasil, a Anac proíbe o transporte desses dispositivos em malas despachadas – eles só podem ser levados na bagagem de mão e dentro do limite de capacidade estabelecido.
Fonte: viagemeturismo