Miguel Uribe Turbay, senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, morreu nesta segunda-feira (11), após permanecer internado por mais de dois meses devido a ferimentos causados por dois tiros na cabeça em um atentado ocorrido em 7 de junho, em Bogotá.
De acordo com o hospital Fundação Santa Fé, onde ele estava internado, Uribe faleceu às 1h56min da madrugada, após uma equipe médica que atuou incansavelmente durante o período.
O ataque gerou comoção nacional em um país historicamente marcado pela violência política, que já contabiliza diversos atentados contra lideranças políticas, sindicais e populares ao longo das últimas décadas.
Autoridades dos Estados Unidos também se manifestaram, atribuindo a violência à retórica do atual governo colombiano. Por sua vez, o presidente Gustavo Petro condenou a politização do ataque e sugeriu que o atentado poderia ter sido planejado para desestabilizar sua administração.
O incidente aconteceu durante a campanha pela consulta popular em defesa da reforma trabalhista proposta pelo Executivo colombiano.
Um adolescente de 15 anos foi detido sob acusação de ser o autor dos disparos, enquanto o governo oferece uma recompensa de US$ 730 mil para informações que levem à identificação dos mandantes intelectuais do atentado.
Miguel Uribe Turbay era filiado ao partido Centro Democrático, do ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, embora não possuísse relação direta de parentesco com ele. Na verdade, Uribe Turbay era neto de Julio César Turbay, que presidiu a Colômbia entre 1978 e 1982 pelo Partido Liberal.
Com trajetória política que inclui passagens como vereador e secretário de Governo em Bogotá, Uribe foi eleito senador para o mandato 2022-2026. Sua história pessoal também é marcada pela violência: aos cinco anos, perdeu a mãe, Diana Turbay, jornalista sequestrada e assassinada pelo grupo paramilitar de Pablo Escobar, ligado à oposição ao tratado de extradição da Colômbia com os Estados Unidos.
Fonte: cenariomt