Um novo estudo científico reforçou uma abordagem neurocientífica para o sucesso empresarial. O artigo “Neurobusiness: O segredo do sucesso está na tomada de decisão assertiva”, foi publicado na ID Internacional Journal pelo Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela e o administrador de empresas Flávio Sanches, especialista em reestruturação e crescimento de negócios.
A pesquisa analisa a conexão direta entre os processos cerebrais, a neuroplasticidade e a forma como líderes e gestores tomam decisões, ressaltando que o verdadeiro diferencial competitivo não está apenas na experiência ou intuição, mas na capacidade de decidir com inteligência, estratégia e equilíbrio neurobiológico.
A ciência da escolha e o impacto nos negócios
De acordo com o estudo, tomar decisões não é apenas um ato racional, é uma ação integrada entre emoção, cognição e neuroquímica.
“O cérebro precisa estar em equilíbrio para que as decisões sejam tomadas de forma clara, motivada e estratégica. Quando esse equilíbrio é rompido, entra-se em desorganização funcional, o que impacta diretamente o desempenho profissional e os resultados da empresa”, destacam os autores.
A pesquisa traz evidências de que decisões bem tomadas estão diretamente ligadas à ativação de regiões cerebrais específicas, como o córtex pré-frontal, e à regulação de neurotransmissores como dopamina, serotonina e glutamato.
Esse equilíbrio é fundamental para manter a clareza mental, a motivação e a capacidade de ação, pilares para qualquer pessoa que lidera ou empreende.
Business Intelligence como ferramenta neuroestratégica
O estudo ainda destaca o papel do Business Intelligence (BI) como ferramenta estratégica que potencializa a tomada de decisão. Embora seja uma tecnologia amplamente usada para análise de dados, o BI é apresentado no artigo como uma extensão da mente racional, permitindo que líderes treinem seu cérebro a decidir com mais lógica e assertividade, mesmo sob pressão.
“Ao usar BI, o profissional otimiza seu julgamento com base em dados objetivos e não apenas em sensações ou pressões momentâneas. Isso reduz erros e aumenta a confiança, elementos fundamentais para o crescimento organizacional e o conforto emocional no ambiente de trabalho”, explicam os autores.
Neurobusiness além das empresas
Além do mundo corporativo, os autores apontam que o campo do neurobusiness tem aplicações relevantes também em contextos acadêmicos e pessoais. Ao entender como o cérebro decide, é possível ajustar rotinas, treinar habilidades cognitivas e alcançar melhores desempenhos em diferentes áreas da vida.
O estudo defende que a aptidão para decisões bem-sucedidas pode ser aprendida, mesmo por quem não possui predisposição genética para liderança. A chave está na prática constante, na exposição a desafios significativos e no uso de ferramentas como BI, que funcionam como uma “musculação cerebral” aplicada ao mundo real.
Uma nova era da liderança
O artigo sugere que, em tempos de transformações rápidas, líderes que tomam decisões lentas ou imprecisas ficam para trás. A velocidade e a qualidade das escolhas passaram a ser determinantes para o sucesso. Nesse contexto, o neurobusiness é uma área emergente que propõe o casamento entre ciência do cérebro, tecnologia e gestão.
“Mais do que reagir, precisamos nos antecipar, e para isso, precisamos entender como pensamos e como nosso cérebro funciona”, afirma o Dr. Fabiano de Abreu Agrela. “Conhecer o funcionamento cerebral é a nova alfabetização dos negócios, e quem domina isso sai na frente”.
Fonte: cenariomt