“Se olharmos para o mundo nas últimas décadas, podemos ver o que aconteceu com a Venezuela quando enfrentou os Estados Unidos. Transformou-se em um país de quinta categoria, um país que envergonha os venezuelanos e que sofre um dos maiores êxodos da história da América Latina. Se olharmos o que aconteceu com a Coreia do Norte, com o Irã… Então não podemos, de maneira alguma, permitir que essa crise possa escalar e levar o Brasil a uma das maiores crises da sua história”, afirmou.
O encontro foi articulado por Mauro e reuniu nove governadores em Brasília: Cláudio Castro (RJ), Ibaneis Rocha (DF), Ratinho Júnior (PR), Renato Casagrande (ES), Romeu Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO), Tarcísio de Freitas (SP), Wilson Lima (AM) e o próprio anfitrião.
A pauta incluiu a reação ao tarifaço de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros, a defesa de uma negociação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Washington e a inclusão de temas como anistia e impeachment no debate político nacional.
Mauro afirmou que a postura do governo brasileiro na política externa, somada à ausência de diálogo direto com Trump, representa provocações que podem custar caro ao país.
“Está provado por A mais B que quem peitou os americanos, goste-se ou não deles, pagou um preço alto. Eu acho que o presidente Trump está errado? Está sim, mas é o presidente da maior economia do planeta. Não adianta nós, na dimensão que temos, querer peitar o cara. Xi Jinping, que tem a segunda maior economia, oito vezes maior que a brasileira, negociou e está até hoje negociando”, disse.
Entre os países citados por Mauro, a Coreia do Norte permanece sob bloqueios comerciais e diplomáticos; o Irã enfrenta nova onda de sanções e ataques militares dos EUA após a escalada de conflitos no Golfo Pérsico, com restrições severas à venda de petróleo e ao acesso ao sistema financeiro global; e a Venezuela segue em colapso econômico, com hiperinflação e um êxodo recorde.
Fonte: Olhar Direto
