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UFMT e Secretaria de Segurança: Discrepância nos Números de Câmeras Solicitadas para Campus

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A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Marluce Silva, afirmou nesta quinta-feira (31) que, entre as medidas urgentes para aumentar a segurança no campus de Cuiabá, está a instalação de 600 câmeras de monitoramento por meio do programa estadual Vigia Mais MT, com previsão de ativação em até 20 dias.

Contudo, em nota divulgada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) nesta sexta-feira (1º), os números apresentados pela reitora foram questionados.  A Sesp informou que o processo de formalização do termo de cooperação com a UFMT ainda está em fase final, e que a quantidade de equipamentos solicitada pela instituição, definida a partir de um estudo técnico, foi de 66 câmeras.
“O termo de cooperação trata do fornecimento de 66 câmeras de segurança, quantidade solicitada pela instituição e que foi definida a partir de um estudo técnico. O que não impede a ampliação desse número conforme a evolução do projeto e eventuais levantamentos técnicos”, esclareceu a Sesp.
A secretaria concluiu a nota informando que, neste momento, aguarda o retorno da UFMT com a assinatura do termo para poder realizar a entrega dos equipamentos de videomonitoramento.

A coletiva de imprensa da reitora foi uma forma de tentar responder à comunidade acadêmica, principalmente, e à comunidade em geral sobre os recentes episódios de violência, até mesmo com morte, dentro da universidade.
No dia 24 de julho, o corpo de Solange Aparecida Sobrinho, 52 anos, foi encontrado seminu dentro de um prédio desativado da antiga associação Master, no campus de Cuiabá. Laudos da Politec indicam que a vítima foi assassinada por esganadura e há suspeita de violência sexual, já que foram encontrados vestígios de sêmen. A polícia ainda não concluiu se o caso configura estupro ou latrocínio, uma vez que a bolsa da vítima não foi localizada.
Segundo a reitora, Solange era uma frequentadora do campus, embora não fosse estudante ou servidora da instituição. “Não sabemos ainda por que ela passava parte do seu dia na universidade, que tipo de vínculo ou prazer encontrava aqui. Mas sua morte nos chocou profundamente, sobretudo a nós, mulheres, por toda a carga de violência e medo que esse tipo de crime carrega”, lamentou.

Além do homicídio, dois casos de assédio e agressão sexual contra alunas foram registrados em menos de uma semana dentro da UFMT. O mais recente ocorreu na quarta-feira (30), quando um homem de 47 anos foi preso após abordar e beijar à força uma estudante de 19 anos no Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS). Dois dias antes, outra jovem foi atacada no pátio do centro cultural da universidade.
Ambos os suspeitos foram detidos graças à atuação da equipe de segurança do campus, mas os episódios reacenderam a cobrança por ações mais efetivas. “As mulheres da nossa comunidade universitária estão com medo. E com razão. O que está em jogo é o direito básico de estudar, trabalhar e circular com segurança”, destacou a reitora.

 

 

Fonte: Olhar Direto

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