Economia

Haddad se compromete a auxiliar setores afetados por tarifas dos EUA sem ultrapassar meta fiscal

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 1Âș, que os planos para apoiar setores prejudicados pelas novas tarifas dos Estados Unidos seguem restritos ao Orçamento pĂșblico, sem previsĂŁo de gastos fora da meta fiscal. Segundo ele, o Executivo nĂŁo pretende recorrer a exceçÔes fiscais para viabilizar o auxĂ­lio.

“Entendemos que conseguimos operar dentro do marco fiscal sem nenhum tipo de alteração”, afirmou o ministro da Fazenda, durante conversa com jornalistas em Brasília.

A declaração de Haddad difere da posição apresentada pelo vice-presidente e ministro da , Geraldo Alckmin, que sugeriu a possibilidade de excluir o auxĂ­lio das contas do resultado primĂĄrio. “NĂŁo queremos dĂ©ficit nenhum. Queremos o menor impacto possĂ­vel”, disse Alckmin nesta quinta-feira, 31, em entrevista ao programa Mais VocĂȘ, da Rede Globo. “Pode excluir do [resultado] primĂĄrio.”

Trump diz que a aplicação do tarifaço ‘continua firme’ | Foto: Reprodução/Redes sociais
Trump Diz Que A Aplicação Do Tarifaço ‘Continua Firme’ | Foto: Reprodução/Redes Sociais

A meta fiscal do governo para 2025 determina equilíbrio entre receitas e despesas, com objetivo de déficit zero. Apesar disso, o Executivo jå autorizou créditos extraordinårios em outras ocasiÔes, com desembolsos que devem superar R$ 300 bilhÔes entre 2023 e 2025, conforme levantamento do portal Poder360.

O apoio planejado para os segmentos afetados pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, entretanto, ficarå dentro das regras fiscais, segundo Haddad. O ministro mencionou que o Tribunal de Contas da União admitiu a possibilidade de tratar os gastos como crédito extraordinårio, mas disse também que essa não serå a pråtica adotada.

“Nossa proposta que está sendo encaminhada não vai exigir, embora tenha havido uma compreensão do Tribunal de Contas de que, se fosse necessário, [poderia ficar fora da meta]”, explicou Haddad.

O presidente Lula e o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, participam da abertura do FĂłrum Empresarial do Brics - 5/7/2025 | Foto: Pilar Olivares/Reuters
O Presidente Lula E O Vice-Presidente Do Brasil, Geraldo Alckmin, Participam Da Abertura Do Fórum Empresarial Do Brics – 5/7/2025 | Foto: Pilar Olivares/Reuters

Governo Lula não decidiu como serå auxílio a atingidos pelo tarifaço

A aplicação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros decretada pelo governo de Donald Trump foi formalizada na Ășltima quarta-feira, 30. , porĂ©m setores como .

O governo do presidente Luiz Inåcio Lula da Silva sinalizou que pretende atuar com linhas de crédito e medidas para manutenção de empregos, a fim de mitigar os impactos negativos do tarifaço sobre a economia nacional.

O presidente do Brasil, Luiz InĂĄcio Lula da Silva, participa de cerimĂŽnia no PalĂĄcio do Planalto, em BrasĂ­lia, Brasil (30/7/2025) | Foto: Reuters/Adriano Machado
O Presidente Do Brasil, Luiz InĂĄcio Lula Da Silva, Participa De CerimĂŽnia No PalĂĄcio Do Planalto, Em BrasĂ­lia, Brasil (30/7/2025) | Foto: Reuters/Adriano Machado

Integrantes da equipe econÎmica, no entanto, demonstram cautela quanto à possibilidade de oferecer subsídios fiscais diretos. Uma das preocupaçÔes é o risco de impactos financeiros prolongados para o Orçamento, caso o auxílio se torne permanente.

Propostas de subsĂ­dios chegaram Ă  anĂĄlise de Lula, mas, atĂ© agora, nĂŁo houve decisĂŁo final. O grupo responsĂĄvel pelo Orçamento considera que medidas dessa natureza sĂł devem ser implantadas com prazo definido, para evitar custos excessivos e desnecessĂĄrios aos cofres pĂșblicos.

O debate sobre o plano de resposta ao tarifaço permanece restrito a um nĂșcleo pequeno do alto escalĂŁo do governo Lula, enquanto o detalhamento das açÔes ainda depende de avaliaçÔes tĂ©cnicas e polĂ­ticas.

Fonte: revistaoeste

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