A recente onda de violência na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que começou com o estupro seguido do homicídio de Solange Aparecida Sobrinho, de 52 anos, trouxe à tona denúncias de tráfico de drogas dentro dos banheiros da unidade de ensino.
Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (31), exatamente uma semana após o crime brutal na UFMT, a reitora, professora Marluce Aparecida Souza e Silva, informou que tem recebido denúncias de alunos comercializando entorpecentes dentro de banheiros da universidade. No entanto, equipes de segurança ainda não encontraram ninguém em situação de flagrante.
“Estamos sabendo que traficantes estão utilizando o espaço da Universidade Federal para a venda de entorpecentes. E a gente está chamando a Segurança Pública para investigar isso. Eles se escondem dentro dos banheiros. A outra pessoa entra e eles trocam lá. Um entrega a mercadoria, o outro entrega o dinheiro e pronto, vai embora”, denunciou.
Para sanar a sensação de insegurança na UFMT, a reitoria tomou algumas medidas urgentes, como o aumento de contingente de guardas e vigias, fechamento de guaritas, além da instalação de cerca de 600 câmeras do programa Vigia Mais MT que serão espalhadas pela área externa da unidade de ensino. O prazo para a conclusão das ações é de 25 dias.
Além do caso de homicídio, também foram registrados dois casos de agressão e assédio no instituto, tudo isso em menos de uma semana, o que gerou preocupação na comunidade acadêmica. Por isso, agentes da Polícia Militar farão rondas regulares na UFMT. Especialmente nesta semana, a patrulha acontecerá de 15 em 15 minutos.
A gestão também planeja aumentar o número de seguranças e vigias, já que, atualmente, são 58 profissionais no total, entre vigias e porteiros, para assegurar a proteção de 13 mil alunos.
Fonte: hnt