Educação

Reitora da UFMT adota 600 câmeras do Vigia Mais e fecha entradas extras para reforçar segurança no campus

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A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, Marluce Silva, aposta na instalação de 600 câmeras do programa Vigia Mais e no fechamento definitivo de portões secundários de acesso ao campus de Cuiabá para frear a onda de crimes que vem ocorrendo na instituição, nos últimos dias, principalmente contra mulheres. O assassinato de Solange Aparecida Sobrinho, de 52 anos, na semana passada, e a importunação e agressão a duas alunas nesta semana ocorreram no espaço.

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (31), a professora relatou medidas que a instituição adotará, depois de sofrer pressão da comunidade estudantil da universidade, que vem se manifestando ao longo da semana, e da sociedade como um todo. Ela argumentou que, ao contrário do que parece, vem adotando estratégias para garantir maior segurança no local. Segundo ela, a instalação das câmeras do Vigia Mais, programa de monitoramento do governo do estado, vem sendo tratada desde o começo deste ano.

“Vocês sabem o tanto quanto eu como esses termos de cooperação são demorados… Nós não esperamos (acontecer os crimes para agir). Se nós tivéssemos esperado, talvez nós não tivéssemos condições hoje de dizer para vocês que, dentro de 20 dias, nós teremos as câmeras do Vigia Mais funcionando dentro da universidade. Que foi uma das primeiras medidas que nós tomamos, visto que nosso compromisso com nossos estudantes era trazer segurança para dentro do campus”, rebateu a reitora, quando questionada o porquê da demora de adoção de medidas.
 
O campus de Cuiabá da UFMT tem diversos canteiros de obras, com construções inacabadas, locais que podem facilmente ser usados por criminosos para se esconder e, no momento de vulnerabilidade, abordar estudantes e demais membros da comunidade acadêmica.

Para impedir que as abordagens continuem, a reitora disse ter se comprometido com uma comissão de estudantes, com os quais conversou pela manhã, a cumprir uma lista de dez medidas: a criação de uma comissão de segurança dentro do campus; oferecimento de tempo maior de transporte; abertura das guaritas nos finais de semana; cercamento e proteção com obstáculos na casa dos estudantes; oferecimento de uma guarda feminina, entre outros.

“As medidas práticas que estamos adotando, em função de termos um contrato já estabelecido com contingente de pessoal de segurança reduzido, é fechar parte de nossas entradas, que oferecem oportunidades para o acesso de pessoas que não fazem parte da comunidade. Vamos garantir nas duas guaritas principais a presença de vigilantes durante todo período de funcionamento da universidade; vamos aumentar o nosso ‘contingenciamento’ (sic) de pessoas, vamos instituir, dentro de 25 dias, as câmeras do Vigia Mais”, narrou Marluce.

Também é intenção da reitoria contratar mulheres do setor de segurança privada para atuarem em pontos de maior fluxo de possível vítimas. “Trabalhadoras mulheres que fiquem próximas aos banheiros, aos pontos de ônibus e que deem mais atenção para nossa comunidade feminina”.


 

Fonte: leiagora

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