SAÚDE

Lhamas podem auxiliar no tratamento da esquizofrenia, revela estudo científico

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Esquizofrenia: cientistas descobrem que lhamas podem ajudar no tratamento do transtorno

Cientistas da França descobriram que um nanocorpo feito de anticorpos de lhamas pode ativar um receptor envolvido na regulação da atividade neural e tratar a esquizofrenia. - Foto: rachelsk8r / Pixabay
Cientistas da França descobriram que um nanocorpo feito de anticorpos de lhamas pode ativar um receptor envolvido na regulação da atividade neural e tratar a esquizofrenia. – Foto: rachelsk8r / Pixabay

Esperança contra a Esquizofrenia. Cientistas da França descobriram que anticorpos de lhamas podem ajudar a combater esse transtorno mental grave que provoca delírios, alucinações, comportamento agressivo e fazem os pacientes se desconectarem da realidade. Muitos deles dizem ouvir vozes na cabeça.

Os pesquisadores do Instituto de Genômica Funcional (CNRS/Inserm/Universidade de Montpellier) projetaram um nanocorpo feito de anticorpos de lhamas e perceberam que ele é capaz de ativar um receptor envolvido na regulação da atividade neural.

O estudo, publicado na revista científica Nature, e mostra que a nova molécula de lhama injetada nas via veias ou músculos, conseguiu romper a barreira hematoencefálica e atingir efetivamente os receptores cerebrais e corrigir os déficits cognitivos observados em camundongos em ensaios pré-clinicos feitos em laboratório.

A lhama

A lhama ou lama, do quíchua llama, é um mamífero ruminante da América do Sul, da família dos camelídeos, gênero Lama.

É um animal de pelagem longa e lanosa, domesticado para a utilização no transporte de carga e na produção de lã, carne e couro.

A lhama é relacionada com o guanaco, a vicunha e a alpaca, segundo o Wikipedia

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Transtorno atinge 1% da população

Atualmente, os tratamentos atuais para esquizofrenia, que afeta 1% da população mundial, reduzem apenas alguns sintomas, mas têm pouco efeito sobre os déficits cognitivos que afetam a vida dos pacientes.

Segundo os autores, a administração periférica de uma molécula em baixa frequência, aliada à especificidade e durabilidade dos nanocorpos, representa uma nova fronteira nas terapias imunológicas para o cérebro.

“Nosso estudo estabelece a prova de conceito de que nanocorpos podem ser usados para atingir receptores cerebrais e induzir mudanças comportamentais duradouras”, escrevem os autores, que esperam também tratar autismo e epilepsia com a nova fórmula.

Autismo e epilepsia

Os cientistas querem agora fazer mais estudos clínicos para demonstrar se essa abordagem pode mesmo representar uma nova via de tratamento para a esquizofrenia.

Eles afirmam que a pesquisa confirma o potencial dos nanocorpos como uma nova estratégia terapêutica para atuar no cérebro, não apenas para essa doença mental, mas, também contra outras condições, incluindo distúrbios do espectro autista e epilepsia.

Vai ciência, mas sem fazer os bichinhos sofrerem!

Nanocorpo feito de anticorpos de lhamas pode ativar um receptor envolvido na regulação da atividade neural e tratar a esquizofrenia. – Foto: Juan Mabromata/AFP

Fonte: sonoticiaboa

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