O número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) apresentou queda em grande parte do Brasil, conforme relatório mais recente do InfoGripe, divulgado pela Fiocruz nesta quinta-feira (24). A redução nas hospitalizações foi registrada principalmente em decorrência da influenza A e do vírus sincicial respiratório (VSR).
Apesar da tendência de queda nacional, a incidência de SRAG entre crianças pequenas continua elevada, sendo o VSR o principal agente identificado nessa faixa etária. Já entre idosos, os casos relacionados à influenza A permanecem significativos nas regiões Centro-Sul, Norte e Nordeste.
Em relação à covid-19, os casos graves estão estáveis ou em queda na maioria dos estados. O Ceará, no entanto, apresentou um leve aumento nas notificações. No Rio de Janeiro, o recente crescimento de SRAG por covid-19 perdeu força nas últimas semanas.
A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, reforçou a importância da vacinação contra influenza e covid-19. “Quem vive em estados com alta de casos deve manter o uso de máscara em locais fechados, unidades de saúde e ao apresentar sintomas de gripe ou resfriado”, alertou.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, entre os casos positivos de SRAG, 50,6% foram provocados por VSR, 21,2% por influenza A, 1,5% por influenza B, 26,2% por rinovírus e 2,9% por Sars-CoV-2. Entre os óbitos, a influenza A liderou com 63,2%, seguida pelo VSR (17%), rinovírus (12,3%), Sars-CoV-2 (5,1%) e influenza B (1,9%).
A exceção da alta de SRAG entre crianças pequenas se concentra no Amapá, Distrito Federal e Tocantins. Já os idosos continuam sendo impactados principalmente nos estados das regiões Centro-Sul e partes do Norte e Nordeste, com níveis de SRAG variando de moderado a alto.
Entre as capitais brasileiras, apenas Campo Grande apresenta nível de atividade de SRAG classificado como alerta ou alto risco, com sinal de crescimento em quase todas as faixas etárias — exceto nas de 2 a 4 anos e entre 50 e 64 anos.
Fonte: cenariomt
