A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro anunciou o monitoramento, por dez dias, de todos os funcionários e demais pessoas que possam ter tido contato com aves infectadas no BioParque da capital, após a confirmação da morte de nove galinhas d’angola por gripe aviária.
Segundo a secretaria, não há casos suspeitos da doença em humanos no estado até o momento. A transmissão do vírus H5N1 de animais para humanos é considerada rara e não ocorre de pessoa para pessoa.
Dados da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) indicam que, desde 2010, foram registrados apenas 75 casos em humanos nas Américas, com dois óbitos. O Brasil nunca registrou infecção humana por gripe aviária.
No entanto, casos da doença em animais têm sido registrados no país desde 2023. Em 2025, já são 183 focos confirmados de influenza aviária de alta patogenicidade. No estado de São Paulo, há três investigações em andamento: duas com aves silvestres e uma com aves domésticas.
Em 18 de junho, o Brasil havia se declarado livre da gripe aviária após a desinfecção de uma granja no Rio Grande do Sul. O Ministério da Agricultura e Pecuária ainda avalia se o novo episódio no BioParque compromete esse status sanitário.
O próprio zoológico confirmou a infecção das aves por meio de exames laboratoriais feitos em Campinas (SP), com validação das autoridades sanitárias. Todas as aves mortas estavam na mesma área do parque, que ficará interditada por 14 dias seguindo protocolos de biossegurança.
O BioParque está fechado desde 17 de julho, mas será reaberto ao público em 24 de julho. A área chamada Savana Africana, onde as aves ficavam, seguirá interditada como medida preventiva.
Fonte: cenariomt
